06 agosto, 2025

FERREIRA DO AMARAL : o capitão sem medo.
(Depoimentos de contemporâneos do grande português, publicados por iniciativa do Cap. Agostinho Lourenço). Lisboa, Edição da Papelaria Fernandes, 1954. In-8.º (22x17 cm) de 86, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Homenagem póstuma a João Ferreira do Amaral, através dos testemunhos de personalidades representativas dos vários quadrantes da vida pública, política e militar portuguesa. 
O título deste livro é tirado do episódio contado pelo sr. coronel J. M. Pereira Coelho.
Obra biográfica, com interesse para a bibliografia WW1.
"Pedi a vários amigos, admiradores e companheiros do saudoso Comandante Ferreira do Amaral, grande e devotado português, o favor de me darem a sua colaboração nesta modesta homenagem de saudade e respeito pela sua memória.
Aqui vão transcritos os depoimentos de todas as pessoas a quem me dirigi e, entre eles, os do Senhor Presidente do Concelho, Doutor António de Oliveira Salazar e Senhor Ministro do Interior, Dr. Joaquim Trigo de Negreiros, que, generosa e gentilmente, aquiesceram à minha solicitação.
Através desses testemunhos poderão os mais velhos recordá-lo e os mais novos apreciar a inquebrantável energia e admirável abnegação do Comandante da Polícia de Lisboa, numa época de tumultos e de assassinatos impunes, na louvável intenção de pôr termo à constante intranquilidade dos habitantes da Capital do País."
(Excerto da Abertura)
"Quando se relembra Ferreira do Amaral, não pode fugir-se a simultânemanete
"Definira-se já ao longo das campanhas de África e na batalha da Flandres a personalidade do soldado admirável que foi Ferreira do Amaral. Ali dera a prova plena da sua bravura, das suas qualidades de comando e da sua capacidade de organização.
No C. E. P. quando tudo parecia perdido, o seu Batalhão simbolizou as tradicionais virtudes militares dos soldados portugueses. [...]
Mas foi no Comando da Polícia de Segurança Pública de Lisboa que Ferreira do Amaral teve ocasião de dar a inteira medida de si próprio, numa função que exerceu muito a seu modo, com particular noção de responsabilidade e de iniciativa que tornou inconfundível o timbre do seu comando. [...]
A sua figura destaca-se no meio da desorientação geral, como testemunho vivo de uma força irredutível que não se verga e não se rende, sejam quais forem os assaltos da anarquia."
(Excerto do elogio de Trigo Negreiros, A sua obra foi preciosa colaboração para a conquista da ordem)
João Maria Ferreira do Amaral (Lisboa, 1876–1931). "Foi um oficial do exército português, comandante da Polícia Cívica de Lisboa, (a antecessora da Polícia de Segurança Pública), de 1923 até à sua morte. Participou, como voluntário, na expedição de pacificação sob o comando do General Pereira d'Eça no sul de Angola, em 1915. No ano seguinte, estando de licença em Portugal, foi nomeado Comandante do Batalhão de Infantaria 15, que seguiu para a frente da Flandres, integrado no Corpo Expedicionário Português. Foi ele quem chamou Aníbal Milhais de Soldado Milhões pela primeira vez, dizendo "Tu és Milhais, mas vales por Milhões". Regressou de França depois da Primeira Grande Guerra, e seguiu para Angola, numa missão civil. Retornou em 1922, tendo sido promovido a Coronel. A 23 de Novembro de 1923, foi nomeado comandante da Polícia Cívica de Lisboa e destacou-se na repressão da Legião Vermelha, a qual, dois anos mais tarde, a 15 de Maio, perpetrou um atentado em que é gravemente ferido. No leito do hospital, dirigiu a repressão que culminou com a prisão e o degredo para África de mais de cem suspeitos desse movimento. Foi agraciado com várias medalhas."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Vestígios de humidade no corte das folhas e na contracapa.
Invulgar.
Com significado histórico.
15€
Reservado

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