CUPERTINO DE MIRANDA, António - OS ÓRFÃOS DA GUERRA. [S.l.], Rio de Janeiro, 1918. In-8.º (20cm) de 15, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Discurso de António Cupertino de Miranda proferido pouco tempo após o armistício a favor da escolas para os orfãos de guerra patrocinadas pela Colónia Portuguesa do Rio de Janeiro.
"Ao lembrar-me do motivo e do momento (e trago-os sempre na memória) que congraçaram a colónia portuguesa, na espontaneidade mais simpática e mais honrosa dum movimento colectivo, eu vejo os nossos heróicos soldados, garbosos no viço dos seus anos e nos entusiasmos do seu coração, a caminho do campo da luta, a enfrentar a soberbia de um inimigo poderoso e aguerrido.
Naquele momento triste do adeus à Pátria, a um pedido piedoso correspondeu uma promessa formal e sagrada.
Eram os velhos arrimados a seus bordões, eram as mães que ficavam sem amparo, eram as esposas conduzindo pela mão as criancinhas, eram as noivas que viam enublar-se de tristeza infinda o doirado castelo das suas esperanças - que acorreram à praia e alongavam os olhos saudosos e tristes pelo Atlântico além, vendo desaparecer, Deus sabe até quando, Deus sabe se para sempre, aquela mocidade radiosa, sadia e forte, que dava vida e enchia de alegria a doce e bucólica terra portuguesa."
(Excerto do discurso)
António Cupertino de Miranda (1886-1974). "Nasceu em 21 de janeiro de 1886, em Famalicão, segundo filho duma família de proprietários agrícolas, partiu para o Brasil em 1915, por motivos políticos, lá permanecendo por mais de 30 anos. Exerceu a atividade de professor, dedicou-se ao jornalismo. A partir de 1918, começou a sua atividade de representação e procuradoria. Assumiu o papel de delegado da Casa Bancária Cupertino de Miranda & Cª, como secretário geral do Banco Aliança no Brasil. António Cupertino de Miranda desenvolveu um papel decisivo no tecer da rede de negócios que abrangeu os dois lados do Atlântico, tendo contribuído significativamente para o processo de acumulação de capitais que estiveram na base do Banco Português do Atlântico. Regressa a Portugal a 7 de agosto de 1948, com 62 anos."
(Fonte: http://www.facm.pt/facm/facm/pt/fundacao/antonio-cupertino-miranda)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo da BNP ou de qualquer outra fonte bibliográfica.
20€
Reservado
31 janeiro, 2019
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30 janeiro, 2019
BANCO PORTUGUÊS DO ATLÂNTICO : 1919/1969. Direcção Literária e Iconográfica de Agustina Bessa-Luís. Direcção Artística e Arranjo Gráfico de Armando Alves. Porto, Edição do Banco Português do Atlântico, 1969. In-4.º grd. (28cm) 247, [6] p. ; mto. il. ; E.
1.ª edição.
Belíssima edição comemorativa dos 50 anos do BPA, de grande esmero e apuro gráfico, profusamente ilustrada a negro e a cores no texto e em separado.
Encadernação editorial com ferros gravados a ouro na lombada.1.ª edição.
Belíssima edição comemorativa dos 50 anos do BPA, de grande esmero e apuro gráfico, profusamente ilustrada a negro e a cores no texto e em separado.
Exemplar em bom estado conservação.
Invulgar.
30€
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29 janeiro, 2019
MORAES, Silvestre de - EVOLUÇÃO E DETERMINISMO - caracteres philosophicos - Coimbra, F. França Amado, 1912. In-8.º (19cm) de [4], 241, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante ensaio filosófico de Silvestre Nuno de Morais, pensador natural da Covilhã.
"A Sciencia e a Philosophia ainda não lograram reconhecer-se, e residem em campos differentes, muitas vezes oppostos.
O philosopho é havido como um excentrico, elaborando conceitos, sem realidade, com mais ou menos argucia ou perspicacia; e o sabio é um snob, que armazena, em larga escala, conhecimentos dispersos, de que faz alarde e exibicionismo, mas que não correspondem ao exercicio da vida, e que não se traduzem em proveito, para alguem.
É que os philosophos querem tirar de si proprios, a philosophia, e os sabios amontoam dados de observação e experiencia, sem verificação alguma.
Sciencia e consciencia é bem raro encontrarem-se.
Domina o impressionismo, e domina a vaidade. E, ás vezes, alliam-se a sciencia com a philosophia, mas, para uma e a outra apparecem inteiramente confundidas, e, por isso mesmo, pervertidas. [...]
Fala-se muito, nos ultimos tempos, em Determinismo e Evolução.
Mas, como determinismo, entende-se a relação absoluta de causas e effeitos, e por evolução, entende-se o desenvolvimento ou o mechanismo extreme.
E assim, deve ver-se e concluir-se que o exercicio e a razão se encontram, na mais inteira desharmonia, porque se degladiam e negam reciprocamente.
Impera porconseguinte a anarchia.
Comtudo, no fundo da Natureza, a vida existe, e define-se ou harmoniza-se."
(Excerto do Prefácio)
Indice:
Prefacio. I - Synthese. II - Differenciação pelo Methodo. Psychiatria: I - Mathematica e Astronomia; II - Physica e Chimica; III - Biologia e Sociologia. Cosmologia: IV - Mesologia; V - Geologia; VI - Antropologia. Cosmo-psychiatria: VII - Ethnologia; VIII - Ontologia; IX - Paleontologia. Evolucionismo: X - Sciencia, Sciencias; XI - Finalidade; XII - Infinito Finito.
Exemplar brochado, parcialmente por abrir, em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Interessante ensaio filosófico de Silvestre Nuno de Morais, pensador natural da Covilhã.
"A Sciencia e a Philosophia ainda não lograram reconhecer-se, e residem em campos differentes, muitas vezes oppostos.
O philosopho é havido como um excentrico, elaborando conceitos, sem realidade, com mais ou menos argucia ou perspicacia; e o sabio é um snob, que armazena, em larga escala, conhecimentos dispersos, de que faz alarde e exibicionismo, mas que não correspondem ao exercicio da vida, e que não se traduzem em proveito, para alguem.
É que os philosophos querem tirar de si proprios, a philosophia, e os sabios amontoam dados de observação e experiencia, sem verificação alguma.
Sciencia e consciencia é bem raro encontrarem-se.
Domina o impressionismo, e domina a vaidade. E, ás vezes, alliam-se a sciencia com a philosophia, mas, para uma e a outra apparecem inteiramente confundidas, e, por isso mesmo, pervertidas. [...]
Fala-se muito, nos ultimos tempos, em Determinismo e Evolução.
Mas, como determinismo, entende-se a relação absoluta de causas e effeitos, e por evolução, entende-se o desenvolvimento ou o mechanismo extreme.
E assim, deve ver-se e concluir-se que o exercicio e a razão se encontram, na mais inteira desharmonia, porque se degladiam e negam reciprocamente.
Impera porconseguinte a anarchia.
Comtudo, no fundo da Natureza, a vida existe, e define-se ou harmoniza-se."
(Excerto do Prefácio)
Indice:
Prefacio. I - Synthese. II - Differenciação pelo Methodo. Psychiatria: I - Mathematica e Astronomia; II - Physica e Chimica; III - Biologia e Sociologia. Cosmologia: IV - Mesologia; V - Geologia; VI - Antropologia. Cosmo-psychiatria: VII - Ethnologia; VIII - Ontologia; IX - Paleontologia. Evolucionismo: X - Sciencia, Sciencias; XI - Finalidade; XII - Infinito Finito.
Exemplar brochado, parcialmente por abrir, em bom estado de conservação.
Raro.
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*MORAIS (Silvestre de),
1ª E D I Ç Ã O,
Ciência,
Covilhã,
Estudos científicos,
Filosofia
28 janeiro, 2019
1.ª edição.
Curiosa monografia sobre o «ténis de mesa», a primeira que sobre este desporto de publicou entre nós.
"Ao assimilarmos tudo quanto pudemos estudar sobre êste assunto, limitamo-nos a apresentar apenas um conjunto de ideias que passamos ao filtro dum prolongado tempo de prática.
Com isto e sem a pretenção de suma ou infalivel competência, dedicámos o nosso trabalho unicamente aos novos, aos que enveredam com entusiasmo e dedicação pelo trilho desta especialidade, por reconhecermos que sobre tão util desporto nada se tem escrito ou aconselhado; por isto a razão porque há ainda quem duvide da utilidade da sua prática, desempenhando assim uma missão que até hoje ninguem pôde ou quiz levar a cabo, como o único fim de ser util ao "Ping-Pong" que nos orgulhamos de haver largamente contribuido para o seu desenvolvimento de Lisboa."
(Introito)
Índice:
I - Preliminares. II - O Ping-Pong na educação fisica. III - Regas do jogo e Regulamento de provas. IV - Utensilios. V - Preparação. VI - Técnica. VII - Tática. VIII - Organização de torneios. IX - O jogo de Ping-Pong «Pares». X - Educação moral.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos marginais e falha de papel na lombada.
Raro.
15€
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*DUARTE (Policarpo Lemos),
1ª E D I Ç Ã O,
Curiosidades,
Desporto,
Ténis de Mesa
27 janeiro, 2019
1.ª edição.
Raríssimo opúsculo, primeiro que sobre as Oficinas de S. José vieram a lume, escrito e publicado pelo seu fundador - Sebastião Leite de Vasconcelos -, que escreve sobre as origens do projecto e relata os dificultosos primeiros anos da instituição. No final, inclui o "hino do trabalho que os jovens artistas das Oficinas de S. José cantam todos os dias".
"Era tempo de dar ao publico, e particularmente aos bemfeitores d'esta pobre Officina de S. José, uma noticia ou antes memoria relativa ao seu desenvolvimento.
Sempre embaraçado com milhares de cuidados que me absorvem o tempo, esperava dia a dia um momento, no qual tomando a penna, podésse descrever as occorrencias mais notaveis desde o dia da installação, ou melhor desde o dia em que principiei a trabalhar n'este sentido até ao momento presente.
Todos vós sabeis, Senhores, que esta obra principiada e cimentada pela pobreza, jámais poderia contar dous annos de existencia depois da sua definitiva installação se não fora o vosso obulo tão caritativo, que tantos infelizes tem podido guiar no ensino profissional.
Bem conhecia eu a difficuldade da empreza quando em 18 de abril de 1880 principiei sósinho a esmolar de porta em porta com o fim de levar a cabo uma obra, que eu tinha concebido na mente, mas cuja realisação não poderia pôr em prática sem estudar os modelos que perante mim se apresentassem. Em Portugal era uma obra nova e unica no seu genero."
(Excerto da 1.ª parte da obra)
Sebastião Leite de Vasconcelos (Porto, Sé, 3 de Maio de 1852 - Roma, 29 de Janeiro de 1923). "Foi um bispo português. Fez a instrução primária e secundária no Colégio dos Órfãos do Porto, entrando em 1868 para o Seminário do Porto, onde em 1871 recebeu as Ordens Menores. Foi ordenado presbítero em 15 de Novembro de 1874 pelo Cardeal-Bispo do Porto D. Américo Ferreira dos Santos Silva, e a 8 de Dezembro celebrou a sua primeira missa na Igreja de Santo Ildefonso, na mesma cidade. Exerceu sempre cargos relativos à Câmara Eclesiástica da Diocese e em 1883 fundou as Oficinas de S. José, tendo como principal objectivo a promoção de menores sem família, incutindo-lhes hábitos de trabalho e assegurando-lhes a formação humana, através da aprendizagem de um ofício e de uma educação moral e religiosa que lhes permitisse garantir o seu futuro na sociedade. O grande inspirador desta obra do então Pe. Sebastião, foi S. João Bosco, fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales, que teve a mesma acção pelos jovens orfãos em Turim, na Itália.
Apresentado Bispo de Beja por decreto de 1 de Agosto de 1907, e confirmado a 19 de Dezembro por Bula de S. Pio X, foi ordenado bispo na Sé do Porto a 2 de Fevereiro de 1908, data esta em que também escreveu a sua saudação aos diocesanos, na qual faz uma alusão aos “actos que são de domínio público e que tanto amarguram o coração da nossa Mãe, a Santa Igreja”, devido ao estado lastimoso em que se encontrava a diocese, vítima da secular indiferença religiosa. Tomou posse na diocese a 11 de Março, na Igreja do Salvador, tendo uma recepção fora do normal, pois segundo os relatos da época foi “imponentíssima e grandiosa”, e o número de participantes rondava os seis mil. Como gesto de caridade cristã, D. Sebastião vestiu completamente 57 crianças pobres da cidade. A sua primeira preocupação como Bispo de Beja foi a catequização do povo e o levantamento físico e moral do Seminário diocesano. No dia após a tomada de posse começou a percorrer ao Domingo as paróquias da cidade, fazendo as Conferências Quaresmais. Tendo também conhecimento de que os presos da cadeia civil de Beja dormiam em más condições, deu-lhes como esmola 20 enxergas.
Inicia pelos vários concelhos a sua visita pastoral, e a 28 de Setembro de 1910 dirige-se às freguesias dos concelhos de Moura e Barrancos, até ao dia 5 de Outubro, altura em que se deu a proclamação da República. Querendo regressar à cidade é avisado pelo Vice-Reitor do Seminário do lastimoso e inconveniente estado da cidade em estado de revolução, bem como dos desacatos cometidos no Paço Episcopal, do qual foram roubados documentos, móveies e obras de arte que foram queimados em frente da mesma habitação. Vendo-se impotente e com ameaças de morte, decide refugiar-se em Rosal de la Frontera e mais tarde no Seminário de Sevilha, esperando a altura propícia para regressar à diocese. Comunicando cinco anos depois a sua ausência ao Ministro da Justiça, bem como as nomeações para governadores do Bispado (o Vigário geral mais dois cónegos substitutos), o Governo respondeu-lhe com arrogância a 21 de Outubro, suspendendo-o de todas as temporalidades por se ter ausentado sem licença do poder civil, e declarou nulas as nomeações que tinha feito. D. Sebastião consultou a Santa Sé a fim de mostar a sua disponibilidade para renunciar ao Bispado, o que não lhe foi concedido. No entanto o Governo confiou provisoriamente o governo da diocese ao Arcebispo Metropolita, D. Augusto Eduardo Nunes, como administrador apostólico. Embora os Bispos portugueses tenham manifestado ao Ministério da Justiça a defesa de D. Sebastião, o Governo por decreto de 18 de Abril de 1911 destituiu o Prelado de Beja das suas funções e instaurou contra ele um processo judicial. Em 1912 D. Sebastião deixa Sevilha para ir para Roma, onde a 17 de Setembro de 1915 foi nomeado assistente ao sólio pontífico, e a 15 de Dezembro de 1919 foi elevado a Arcebispo titular de Damieta. Morreu em Roma a 29 de Janeiro de 1923, tendo sido os seus restos mortais transladados de Roma para o Porto, onde chegaram em Novembro de 1923."
(Fonte: Wikipédia)
Nasceu
no Porto a 3 de Maio de 1852. Fez os primeiros estudos no Colégio dos
Órfãos e o curso teológico no Seminário do Porto. Foi ordenado
presbítero em 15 de Novembro de 1874. Apresentado bispo de Beja por
decreto de 1 de Agosto de 1907, foi confirmado por Pio X, em bula de 19
de Dezembro. Sagrado na Sé do Porto em 2 de Fevereiro de 1908, fez a
entrada solene na diocese a 11 de Março. Recusando-se a cumprir a
prerrogativa da Coroa (lei de 28 de Abril de 1845) em matéria de
procedimento disciplinar contra professores do seminário, protagonizou,
logo no ano seguinte, um violento conflito com o governo, que conduziu à
demissão do próprio ministro da Justiça, Francisco José de Medeiros. Na
sequência do 5 de Outubro de 1910, e tendo sido informado da
implantação República e de que o paço episcopal teria sido invadido,
Sebastião Leite de Vasconcelos foge para Sevilha, onde se recolheu no
Seminário. Passados cinco dias, comunicou a ausência ao ministro da
Justiça e informou que tinha deixado como governador do bispado o
vigário-geral e como substitutos dois cónegos. Por portaria de 21 de
Outubro de 1910, o Governo suspendeu o prelado de todas as
temporalidades, por se ter ausentado sem licença do poder civil. O
ministro da Justiça, Afonso Costa, considera que este prelado não só
faltou ao seu dever de residência como, não apresentando as desculpas
devidas, agravou a situação. Em 18 de Abril de 1911, o Governo declarou
D. Sebastião de Vasconcelos destituído das funções de bispo e governador
da diocese de Beja e administrador dos bens da sua mitra, mandando
instaurar contra ele processo interno judicial. Em 1912, publica em
Lourdes um opúsculo intitulado 'Palavras de um exilado'. Em Novembro de
1912, fixa residência em Roma. Em 17 de Setembro de 1915 foi nomeado
assistente ao sólio pontífico, e em 15 de Dezembro de 1919 foi nomeado
arcebispo titular de Damieta. Morreu em Roma a 29 de Janeiro de 1923,
tendo sido os seus restos mortais transladados de Roma para o Porto,
onde chegaram em Novembro de 1923.
Nasceu
no Porto a 3 de Maio de 1852. Fez os primeiros estudos no Colégio dos
Órfãos e o curso teológico no Seminário do Porto. Foi ordenado
presbítero em 15 de Novembro de 1874. Apresentado bispo de Beja por
decreto de 1 de Agosto de 1907, foi confirmado por Pio X, em bula de 19
de Dezembro. Sagrado na Sé do Porto em 2 de Fevereiro de 1908, fez a
entrada solene na diocese a 11 de Março. Recusando-se a cumprir a
prerrogativa da Coroa (lei de 28 de Abril de 1845) em matéria de
procedimento disciplinar contra professores do seminário, protagonizou,
logo no ano seguinte, um violento conflito com o governo, que conduziu à
demissão do próprio ministro da Justiça, Francisco José de Medeiros. Na
sequência do 5 de Outubro de 1910, e tendo sido informado da
implantação República e de que o paço episcopal teria sido invadido,
Sebastião Leite de Vasconcelos foge para Sevilha, onde se recolheu no
Seminário. Passados cinco dias, comunicou a ausência ao ministro da
Justiça e informou que tinha deixado como governador do bispado o
vigário-geral e como substitutos dois cónegos. Por portaria de 21 de
Outubro de 1910, o Governo suspendeu o prelado de todas as
temporalidades, por se ter ausentado sem licença do poder civil. O
ministro da Justiça, Afonso Costa, considera que este prelado não só
faltou ao seu dever de residência como, não apresentando as desculpas
devidas, agravou a situação. Em 18 de Abril de 1911, o Governo declarou
D. Sebastião de Vasconcelos destituído das funções de bispo e governador
da diocese de Beja e administrador dos bens da sua mitra, mandando
instaurar contra ele processo interno judicial. Em 1912, publica em
Lourdes um opúsculo intitulado 'Palavras de um exilado'. Em Novembro de
1912, fixa residência em Roma. Em 17 de Setembro de 1915 foi nomeado
assistente ao sólio pontífico, e em 15 de Dezembro de 1919 foi nomeado
arcebispo titular de Damieta. Morreu em Roma a 29 de Janeiro de 1923,
tendo sido os seus restos mortais transladados de Roma para o Porto,
onde chegaram em Novembro de 1923.
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Capas apresentam falhas de papel relevantes nas margens. Pelo interesse e raridade justifica trabalho de restauro e encadernação.
Muito raro.
Com interesse histórico.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
Indisponível
Muito raro.
Com interesse histórico.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
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26 janeiro, 2019
NINGUEM, João - O 9 DE ABRIL. Por... Folhetim do «Jornal de Benguela» (separata). Benguela, Tip. do «Jornal de Benguela», 1921. In-8.º (19cm) de 60, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Interessante trabalho publicado em Benguela, Angola, devotado por inteiro aos aspectos tácticos da Batalha de La Lys e os seus antecedentes, justificados com a opinião escrita de Ludendorff e Gomes da Costa. O autor critica ainda com severidade os "patriotas" - a classe política e alguns militares - que qualificaram desastroso o «9 de Abril», "o momento mais traumático da acidentada participação portuguesa na Grande Guerra".
Sobre o pseudónimo que encobre o seu verdadeiro nome, no final do livro o autor esclarece: Não é por modestia ou por receio de contestações que resolvi entrincheirar me por detraz de um pseudonimo tão vago, como é o de João Ninguem. [...] Com responsabilidades profissionaes na guerra em França eu seria necessariamente levado ao campo das referências a pessoas, lugares, factos e datas a que o meu nome anda ligado nessa campanha; porém eu resolvi nêste trabalho de compilação, satisfazer apenas a curiosidade dos leigos em materia militar e não tratar de mais nada e muito menos de mim.
......................................
"Um dos mais ilustres de entre os soldados portuguêses que á Flandres foram manter, mais uma vês, perante o mundo e perante a sua Patria, o bom nome das tradições da raça lusitana; - honrou o Jornal de Benguela, cedendo-lhe para publicação as páginas que se seguem.
Nelas palpita, tumultuoso de expressão e de sinceridade, o arranco indomavel de uma mal contida indignação perante o qualificativo, tão miseravel quão injusto, com que os nossos politicos alcunharam a Batalha do Lys, onde os Soldados de Portugal souberam pelejar com brio e morrer com honra.
Esse qualificativo foi o de - Desastre de 9 de Abril - e, de facto, êle em desastre redundou finalmente para todos nós, que sofremos o choque reflexo de tão desastrada denominação.
Não precisamos encarecer o valor dessas páginas que não pretenderam enfeitar-se das galas e ouropeis do estilo, nem dos efeitos literarios.
Elas são sobrias e claras como a linguagem rude e precisa do soldado; elas são breves e incisivas como uma voz potente de comando.
É que foi a mão nervosa e seca de quem soube comandar em França, com assiduidade e valentia, os nossos soldados, quem as escreveu, para explicar, pela primeira vês, em terra portuguêsa e a portuguêses, por modo que todos o compreendessem, o que foi na verdade o 9 de Abril, o que ele teve de batalha normal e honrosa e o que não teve de desastre afrontoso."
(Excerto da Nota da Redacção)
........................................
"Como é do conhecimento de todos, ninguem em Portugal chegou até hoje a ter uma noção aproximada do que foi O 9 de Abril.
Ao fazer esta afirmativa, refiro-me aos leigos em assuntos militares, como é a massa da população e até áqueles que tendo estado em França e nas linhas, não tiveram ocasião de apreciar com documentos idoneos, o papel do nosso exército, nesse dia de 9 d'Abril de 1918.
Toda a política do meu país, dos últimos seis anos, caíu sôbre os soldados de Portugal, que na Flandres receberam um dos muitos e varios ataques, com que os alemães procuraram vencer os aliados.
O período da guerra que, para a Alemanha, constituiu a sua última ofensiva no «front ocidental», começou em 21 de Março de 1918 e prolongou-se, sem interrupção sensivel, por toda a primavera dêsse ano, numa série de batalhas e avanços correspondentes, até 18 de Julho, dia em que começou a contra-ofensiva dos aliados.
De facto, começando as tropas alemãs, em 15 de Julho de 1918, pela manhã, a passar o Marne, num avanço que Luderdorff classifica de brilhante; na madrugada de 18, as tropas alemãs, não só detêem o seu avanço, mas começam, a perder terreno. Daí em deante o resto da campanha foi uma derrota sucessiva para o exercito alemão, assistindo, desde essa data, o general Ludendorff, seu Quartel Mestre General, ao desabar de todos os seus sonhos!"
(Excerto da primeira parte da obra)
Encadernação simples em meia de percalina com cantos. Corte das folhas pintado. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Aparado. Assinatura de posse(?) - Autógrafo do autor(?) na f. rosto.
Raríssimo.
Com interesse histórico.
Sem registo na BNP ou de qualquer outra fonte bibliográfica.
Peça de colecção.
Indisponível
1.ª edição.
Interessante trabalho publicado em Benguela, Angola, devotado por inteiro aos aspectos tácticos da Batalha de La Lys e os seus antecedentes, justificados com a opinião escrita de Ludendorff e Gomes da Costa. O autor critica ainda com severidade os "patriotas" - a classe política e alguns militares - que qualificaram desastroso o «9 de Abril», "o momento mais traumático da acidentada participação portuguesa na Grande Guerra".
Sobre o pseudónimo que encobre o seu verdadeiro nome, no final do livro o autor esclarece: Não é por modestia ou por receio de contestações que resolvi entrincheirar me por detraz de um pseudonimo tão vago, como é o de João Ninguem. [...] Com responsabilidades profissionaes na guerra em França eu seria necessariamente levado ao campo das referências a pessoas, lugares, factos e datas a que o meu nome anda ligado nessa campanha; porém eu resolvi nêste trabalho de compilação, satisfazer apenas a curiosidade dos leigos em materia militar e não tratar de mais nada e muito menos de mim.
......................................
"Um dos mais ilustres de entre os soldados portuguêses que á Flandres foram manter, mais uma vês, perante o mundo e perante a sua Patria, o bom nome das tradições da raça lusitana; - honrou o Jornal de Benguela, cedendo-lhe para publicação as páginas que se seguem.
Nelas palpita, tumultuoso de expressão e de sinceridade, o arranco indomavel de uma mal contida indignação perante o qualificativo, tão miseravel quão injusto, com que os nossos politicos alcunharam a Batalha do Lys, onde os Soldados de Portugal souberam pelejar com brio e morrer com honra.
Esse qualificativo foi o de - Desastre de 9 de Abril - e, de facto, êle em desastre redundou finalmente para todos nós, que sofremos o choque reflexo de tão desastrada denominação.
Não precisamos encarecer o valor dessas páginas que não pretenderam enfeitar-se das galas e ouropeis do estilo, nem dos efeitos literarios.
Elas são sobrias e claras como a linguagem rude e precisa do soldado; elas são breves e incisivas como uma voz potente de comando.
É que foi a mão nervosa e seca de quem soube comandar em França, com assiduidade e valentia, os nossos soldados, quem as escreveu, para explicar, pela primeira vês, em terra portuguêsa e a portuguêses, por modo que todos o compreendessem, o que foi na verdade o 9 de Abril, o que ele teve de batalha normal e honrosa e o que não teve de desastre afrontoso."
(Excerto da Nota da Redacção)
........................................
"Como é do conhecimento de todos, ninguem em Portugal chegou até hoje a ter uma noção aproximada do que foi O 9 de Abril.
Ao fazer esta afirmativa, refiro-me aos leigos em assuntos militares, como é a massa da população e até áqueles que tendo estado em França e nas linhas, não tiveram ocasião de apreciar com documentos idoneos, o papel do nosso exército, nesse dia de 9 d'Abril de 1918.
Toda a política do meu país, dos últimos seis anos, caíu sôbre os soldados de Portugal, que na Flandres receberam um dos muitos e varios ataques, com que os alemães procuraram vencer os aliados.
O período da guerra que, para a Alemanha, constituiu a sua última ofensiva no «front ocidental», começou em 21 de Março de 1918 e prolongou-se, sem interrupção sensivel, por toda a primavera dêsse ano, numa série de batalhas e avanços correspondentes, até 18 de Julho, dia em que começou a contra-ofensiva dos aliados.
De facto, começando as tropas alemãs, em 15 de Julho de 1918, pela manhã, a passar o Marne, num avanço que Luderdorff classifica de brilhante; na madrugada de 18, as tropas alemãs, não só detêem o seu avanço, mas começam, a perder terreno. Daí em deante o resto da campanha foi uma derrota sucessiva para o exercito alemão, assistindo, desde essa data, o general Ludendorff, seu Quartel Mestre General, ao desabar de todos os seus sonhos!"
(Excerto da primeira parte da obra)
Encadernação simples em meia de percalina com cantos. Corte das folhas pintado. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Aparado. Assinatura de posse(?) - Autógrafo do autor(?) na f. rosto.
Raríssimo.
Com interesse histórico.
Sem registo na BNP ou de qualquer outra fonte bibliográfica.
Peça de colecção.
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*NINGUÉM (João),
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História de Portugal,
Militaria
25 janeiro, 2019
AIDO, Paulo - HÁ HORAS DE SORTE. Histórias de milionários no jogo. Lisboa, Santa Casa da Misericórdia da Lisboa, 2001. In-8.º (21,5cm) de 143, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
1.ª edição.
Ilustrações a p.b. em página inteira.
"Como o próprio autor refere, [Há Horas de Sorte], trata-se de um livro de contos, sendo, simultaneamente, um estudo que fica a meio caminho entre a reportagem e a ficção, utilizando uma linguagem de fácil leitura, que relata, com vivacidade e criatividade, algumas história de milionários dos jogos sociais - Totobola, Totoloto e Lotarias. Por outro lado, o trabalho enaltece a missão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. [...] Acresce que se trata de uma obra inovadora, contando histórias inéditas ou ainda não publicadas dos jogos sociais."(Excerto do Prefácio)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
Etiquetas:
*AIDO (Paulo),
1ª E D I Ç Ã O,
História,
Jogos Sociais,
Jornalismo,
Santa Casa da Misericórdia
24 janeiro, 2019
FRIAS, Carlos Cincinato da Costa - SANIDADE MILITAR (Profilaxia epidémica & Higiene de campanha - Notas do C. E. P.). Dissertação inaugural apresentada à Faculdade de Medicina do Pôrto. Pôrto, [s.n. - imp. na Typ. a vapor da "Enciclopédia Portuguesa", Pôrto, Maio de 1919. In-4.º (23cm) de [12], 121, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra com interesse para a bibliografia da Grande Guerra.
Ilustrada com tabelas e desenhos esquemáticos ao longo do texto.
"Os elementos colhidos para esta dissertação inaugural, não permitiu a mobilização médica que fôssem a tempo coordenados e dispostos para entrar no prelo. Há todo o desenrolar da conflagração europeia, sobrevêm a nossa intervenção na guerra, decide-se o envio de um Corpo de Exército à frente francesa...
A educação militar que apressadamente nos inicia no regime da continência e do material sanitário que cumpre conhecer e zelar, dispõe do melhor do nosso tempo.
Partimos em seguida para França e durante largos meses de vida movimentada tivemos muito ensejo de analisar o esplêndido serviço sanitário britânico. Esta facilidade que nos vinha do conhecimento da língua inglesa, foi acrescido, nos últimos meses de permanência no C. E. P., pela nossa condição de Sanitary Staff Officer (agente de informação sanitária entre o serviço de saúde português e a superintendência de saúde inglesa do 1.º Exército Britânico).
Foi durante êste tempo que verificando o atraso sôbre matéria higiénica em que se encontrava nosso Exército, começamos a coligir dados para a elaboração de um modesto trabalho que se nos afigurava ser de algum proveito.
Cortou-nos, porém, êste intento, uma notícia mais que todas para nós lamentável, que determinou a nossa vinda para Portugal.
Depois dos sombrios e dolorosos acontecimentos de Abril de 1918, no Lys, com uma parcela de revez que cai em cada farda-cinzenta, a caminho de um descanço que afinal tinha sido merecido, sobrevem-nos a notícia esmagadora do falecimento de nosso Pai, vitimado pelo tifo exantemático, no sacerdócio clínico a que nunca se eximiu. [...]
Sem estar na posse das estatísticas britânicas a que nos referimos e que orientariam o nosso trabalho, aproveitamos elementos colhidos em França, de visu sôbre higiene militar e notas, instruções, etc, ... concernentes a êstes serviços, que integramos num trabalho de conjunto, de aspirações modestas, sôbre Sanidade Militar".
Matérias:
PARTE I. I - Necessidade de um bom serviço sanitário no Exército. (Notas estatísticas). II - Profilaxia epidémica (paludismo, peste, meningite cérebro-espinal, tifo exantemático, etc.) - Conceito actual da febre das trincheiras. III - Ideia geral dum serviço sanitário num exército. PARTE II. I - Sôbre higine individual. II - Vestuário - Lavandarias - Balneários. III - Alimentação. Cozinhas, etc. IV - Águas: Análise - Esterilização pela cal clorada - Transporte, etc. V - Incineradores - Restos de cozinha - Estrume das cavalariças - Fezes - Cadáveres dos solípedes - Latas e lixo - Águas gordurosas - Urina - Água suja e com sabão. Proposições.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
Indisponível
1.ª edição.
Obra com interesse para a bibliografia da Grande Guerra.
Ilustrada com tabelas e desenhos esquemáticos ao longo do texto.
"Os elementos colhidos para esta dissertação inaugural, não permitiu a mobilização médica que fôssem a tempo coordenados e dispostos para entrar no prelo. Há todo o desenrolar da conflagração europeia, sobrevêm a nossa intervenção na guerra, decide-se o envio de um Corpo de Exército à frente francesa...
A educação militar que apressadamente nos inicia no regime da continência e do material sanitário que cumpre conhecer e zelar, dispõe do melhor do nosso tempo.
Partimos em seguida para França e durante largos meses de vida movimentada tivemos muito ensejo de analisar o esplêndido serviço sanitário britânico. Esta facilidade que nos vinha do conhecimento da língua inglesa, foi acrescido, nos últimos meses de permanência no C. E. P., pela nossa condição de Sanitary Staff Officer (agente de informação sanitária entre o serviço de saúde português e a superintendência de saúde inglesa do 1.º Exército Britânico).
Foi durante êste tempo que verificando o atraso sôbre matéria higiénica em que se encontrava nosso Exército, começamos a coligir dados para a elaboração de um modesto trabalho que se nos afigurava ser de algum proveito.
Cortou-nos, porém, êste intento, uma notícia mais que todas para nós lamentável, que determinou a nossa vinda para Portugal.
Depois dos sombrios e dolorosos acontecimentos de Abril de 1918, no Lys, com uma parcela de revez que cai em cada farda-cinzenta, a caminho de um descanço que afinal tinha sido merecido, sobrevem-nos a notícia esmagadora do falecimento de nosso Pai, vitimado pelo tifo exantemático, no sacerdócio clínico a que nunca se eximiu. [...]
Sem estar na posse das estatísticas britânicas a que nos referimos e que orientariam o nosso trabalho, aproveitamos elementos colhidos em França, de visu sôbre higiene militar e notas, instruções, etc, ... concernentes a êstes serviços, que integramos num trabalho de conjunto, de aspirações modestas, sôbre Sanidade Militar".
Matérias:
PARTE I. I - Necessidade de um bom serviço sanitário no Exército. (Notas estatísticas). II - Profilaxia epidémica (paludismo, peste, meningite cérebro-espinal, tifo exantemático, etc.) - Conceito actual da febre das trincheiras. III - Ideia geral dum serviço sanitário num exército. PARTE II. I - Sôbre higine individual. II - Vestuário - Lavandarias - Balneários. III - Alimentação. Cozinhas, etc. IV - Águas: Análise - Esterilização pela cal clorada - Transporte, etc. V - Incineradores - Restos de cozinha - Estrume das cavalariças - Fezes - Cadáveres dos solípedes - Latas e lixo - Águas gordurosas - Urina - Água suja e com sabão. Proposições.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
Indisponível
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*FRIAS (Carlos Cincinato da Costa),
1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
História,
História de Portugal,
Medicina,
Militaria,
Saúde,
Teses/Dissertações Universitárias
22 janeiro, 2019
CARDIM, Joaquim Canas - NA ESTEIRA DO NORDESTE (memórias de um caçador). Porto, Lello & Irmão - Editores, 1982. In-8.º (18,5cm) de 155, [1] p. ; [6] f. il. ; B.
1.ª edição.
Interessante livro de crónicas sobre os anos que o autor dedicou à caça.
Ilustrado em separado com fotogravuras a p.b.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
20€
1.ª edição.
Interessante livro de crónicas sobre os anos que o autor dedicou à caça.
Ilustrado em separado com fotogravuras a p.b.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
20€
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*CARDIM (Joaquim Canas),
1ª E D I Ç Ã O,
Autobiog./Memórias,
Caça,
Crónicas
21 janeiro, 2019
TEIXEIRA, Fernando - O TOURO E O DESTINO : morte e ressurreição a las cinco en punto de la tarde. Prólogo de Luis Badosa. Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões : Universidade Nova de Lisboa, 1994. In-4.º (23cm) de 178, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Interessante trabalho sobre o Touro e a Festa Brava que resulta da tese de Mestrado do autor em Sociologia Aprofundada e Realidade Portuguesa.
Ilustrado com fotografias e bonitos desenhos e pinturas a p.b. e a cores ao longo do texto e em página inteira.
"A corrida de touros - corrida porque como o nome indica o touro corria ao longo das ruas da povoação - realizava-se na Idade Média sob os mais variados pretextos. Boda ou falecimento davam origem a corridas de boda e a corridas de nojo. A chegada de um qualquer personagem importante, a festividade de um santo, muitos outros acontecimentos serviam sempre de motivo para celebrar o festejo. Particularmente nos dias e noites solsticiais o velho touro de Mitra percorria as calles assolado por uma multidão que sempre se mantinha a distância prudente e adequada. As diabruras que se faziam ao touro-demónio consistiam essencialmente no arremesso de pequenas setas que excitavam o animal e imprimiam maior agitação o jogo."
(Excerto de Os Touros e a Festa do Povo)
Índice:
Toque de clarim. Cortezias. Brinde. Prólogo. I - Generalidades sobre as Origens e o Potencial Simbólico do Touro Bravo: Origens e Simbolismo. II - O Cultos do Touro: Aquele que Criou a Vida. III - Mithra: A Crónica de um Deus Vencido. IV - A Corrida e o Poder: A Violência e o seu Monopólio. V - Dos Ritos e do Erotismo: Eros e Thanatos. VI - O Módulo Rural-Etnológico: Os Touros e a Festa do Povo. VII - A Corrida do Forcão: A Capeia Arraiana. VIII - Moldura da Festa Brava: A Industrialização de um Velho Deus. À Saída da Festa. Anexos. Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico e etnográfico.
25€
1.ª edição.
Interessante trabalho sobre o Touro e a Festa Brava que resulta da tese de Mestrado do autor em Sociologia Aprofundada e Realidade Portuguesa.
Ilustrado com fotografias e bonitos desenhos e pinturas a p.b. e a cores ao longo do texto e em página inteira.
"A corrida de touros - corrida porque como o nome indica o touro corria ao longo das ruas da povoação - realizava-se na Idade Média sob os mais variados pretextos. Boda ou falecimento davam origem a corridas de boda e a corridas de nojo. A chegada de um qualquer personagem importante, a festividade de um santo, muitos outros acontecimentos serviam sempre de motivo para celebrar o festejo. Particularmente nos dias e noites solsticiais o velho touro de Mitra percorria as calles assolado por uma multidão que sempre se mantinha a distância prudente e adequada. As diabruras que se faziam ao touro-demónio consistiam essencialmente no arremesso de pequenas setas que excitavam o animal e imprimiam maior agitação o jogo."
(Excerto de Os Touros e a Festa do Povo)
Índice:
Toque de clarim. Cortezias. Brinde. Prólogo. I - Generalidades sobre as Origens e o Potencial Simbólico do Touro Bravo: Origens e Simbolismo. II - O Cultos do Touro: Aquele que Criou a Vida. III - Mithra: A Crónica de um Deus Vencido. IV - A Corrida e o Poder: A Violência e o seu Monopólio. V - Dos Ritos e do Erotismo: Eros e Thanatos. VI - O Módulo Rural-Etnológico: Os Touros e a Festa do Povo. VII - A Corrida do Forcão: A Capeia Arraiana. VIII - Moldura da Festa Brava: A Industrialização de um Velho Deus. À Saída da Festa. Anexos. Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico e etnográfico.
25€
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*TEIXEIRA (Fernando),
1ª E D I Ç Ã O,
Etnografia,
Festas Populares,
História,
História de Portugal,
Religião,
Sociologia,
Tauromaquia,
Teses/Dissertações Universitárias
20 janeiro, 2019
COSTA, Vieira da - A IRMÃ CELESTE (pathologia religiosa). Lisboa, Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira, 1904. In-8.º (18,5cm) de 498, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Interessante romance realista/naturalista de forte pendor anticlerical.
"Foi por um bello dia de março, no momento preciso em que na torre da igreja matriz soavam as dose badaladas do meio dia, que as Irmãs de Caridade, ha tanto tempo esperadas, chegaram á vasta portaria do hospital, amontoadas dentro d'um velho landau fechado e poeirento, puxado por trez magros cavallos esqueleticos, d'ossaduras salientes.
Áquella hora não eram esperadas, e por isso não havia ninguem que as recebesse. O provedor estava ausente, o medico não chegara ainda; e só havia presente o velho pharmaceutico hospitalar, Norberto Taveira, sentado á janella da botica, no rez do chão da casa, a ler o Seculo."
(Excerto do Cap. I)
"Chamava-se, no seculo, Valentina de Castro Aboim de Noronha, a linda irmã Celeste, e tinha vinte annos. O pae, Manuel de Souza Aboim de Noronha, morgado de Valle de Cedros, e a mãe D. Maria Vasques de Castro, lá deviam residir ainda no velho solar da Beira, definhando dia a dia n'uma trizteza morna e inconsolavel, desde que a partida da filha os deixara n'uma solidão desolada como um abandono.
Quinta na ordem de nascimento, Valentina tornara-se filha unica por morte de seus quatro irmãos, fallecidos creanças. Ella mesmo não dera, a principio, esperanças de viabilidade, tão franzina, tão delicada era a sua compleição. O sangue dos paes, derrancado e empobrecido por successivos casamentos consanguineos, não transmittira aos filhos senão uma seiva dessorada e debil, - e d'ahi aquelle sersinho fraco e doentio, que a morte parecia a cada ameaçar com sua fouce impiedosa."
(Excerto do Cap.II)
"A installação da vespera, toda provisoria, só n'esse dia teve o seu caracter definitivo, - e desde então tudo entrou nas praxes determinadas, que o regulamento prescrevia.
Mas quasi logo começou mais uma vez a desenhar-se para Valentina o espectro sarcastico da desillusão, que tantas vezes a fustigara já com o rijo tagante do desgosto: as Irmãs, as santas Irmãs de Caridade, que ella sempre imaginara uns entes piedosos a desentranharem-se em dedicações sublimes pelos enfermos, surgiam agora, sem os atavios da consagração, o que real e verdadeiramente eram, uns simples typos mercenarios, cumprindo uma obrigação, que lhes era imposta."
(Excerto do Cap. III)
José Augusto Vieira da Costa (1863-1935). "Nasceu em Salgueiral, concelho da Régua, em 14.3.1863. Aí morreu em 13.1.1935. Colaborou em vários jornais e revistas, nomeadamente na Ilustração Transmontana e em jornais do Brasil. Publicou os romances Entre Montanhas, A Irmã Celeste e A Familia Maldonado. Deixou organizado o romance O Amor, e a novela Sob a Folhagem. Já quase cego escreveu Portugal em Armas, publicado por ocasião da Grande Guerra. A cegueira deixou o na miséria pelo que a Câmara da Régua lhe estabeleceu uma pensão. O Dr. Fidelino Figueiredo publicou uma análise crítica sobre a sua obra."
(Fonte: http://www.dodouropress.pt/index.asp?idedicao=66&idseccao=555&id=2555&action=noticia)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Sem f. anterrosto.
Muito raro.
Indisponível
1.ª edição.
Interessante romance realista/naturalista de forte pendor anticlerical.
"Foi por um bello dia de março, no momento preciso em que na torre da igreja matriz soavam as dose badaladas do meio dia, que as Irmãs de Caridade, ha tanto tempo esperadas, chegaram á vasta portaria do hospital, amontoadas dentro d'um velho landau fechado e poeirento, puxado por trez magros cavallos esqueleticos, d'ossaduras salientes.
Áquella hora não eram esperadas, e por isso não havia ninguem que as recebesse. O provedor estava ausente, o medico não chegara ainda; e só havia presente o velho pharmaceutico hospitalar, Norberto Taveira, sentado á janella da botica, no rez do chão da casa, a ler o Seculo."
(Excerto do Cap. I)
"Chamava-se, no seculo, Valentina de Castro Aboim de Noronha, a linda irmã Celeste, e tinha vinte annos. O pae, Manuel de Souza Aboim de Noronha, morgado de Valle de Cedros, e a mãe D. Maria Vasques de Castro, lá deviam residir ainda no velho solar da Beira, definhando dia a dia n'uma trizteza morna e inconsolavel, desde que a partida da filha os deixara n'uma solidão desolada como um abandono.
Quinta na ordem de nascimento, Valentina tornara-se filha unica por morte de seus quatro irmãos, fallecidos creanças. Ella mesmo não dera, a principio, esperanças de viabilidade, tão franzina, tão delicada era a sua compleição. O sangue dos paes, derrancado e empobrecido por successivos casamentos consanguineos, não transmittira aos filhos senão uma seiva dessorada e debil, - e d'ahi aquelle sersinho fraco e doentio, que a morte parecia a cada ameaçar com sua fouce impiedosa."
(Excerto do Cap.II)
"A installação da vespera, toda provisoria, só n'esse dia teve o seu caracter definitivo, - e desde então tudo entrou nas praxes determinadas, que o regulamento prescrevia.
Mas quasi logo começou mais uma vez a desenhar-se para Valentina o espectro sarcastico da desillusão, que tantas vezes a fustigara já com o rijo tagante do desgosto: as Irmãs, as santas Irmãs de Caridade, que ella sempre imaginara uns entes piedosos a desentranharem-se em dedicações sublimes pelos enfermos, surgiam agora, sem os atavios da consagração, o que real e verdadeiramente eram, uns simples typos mercenarios, cumprindo uma obrigação, que lhes era imposta."
(Excerto do Cap. III)
José Augusto Vieira da Costa (1863-1935). "Nasceu em Salgueiral, concelho da Régua, em 14.3.1863. Aí morreu em 13.1.1935. Colaborou em vários jornais e revistas, nomeadamente na Ilustração Transmontana e em jornais do Brasil. Publicou os romances Entre Montanhas, A Irmã Celeste e A Familia Maldonado. Deixou organizado o romance O Amor, e a novela Sob a Folhagem. Já quase cego escreveu Portugal em Armas, publicado por ocasião da Grande Guerra. A cegueira deixou o na miséria pelo que a Câmara da Régua lhe estabeleceu uma pensão. O Dr. Fidelino Figueiredo publicou uma análise crítica sobre a sua obra."
(Fonte: http://www.dodouropress.pt/index.asp?idedicao=66&idseccao=555&id=2555&action=noticia)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Sem f. anterrosto.
Muito raro.
Indisponível
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*COSTA (Vieira da),
1ª E D I Ç Ã O,
Anticlericalismo,
Literatura Portuguesa,
Naturalismo,
Peso da Régua,
Realismo,
Romance
19 janeiro, 2019
SILVA, Luiz Moreira Maia da - ORAÇÃO GRATULATORIA NA ACCLAMAÇÃO DO SENHOR D. PEDRO V. POR OCCASIÃO DO TE DEUM MANDADO CELEBRAR NA SÉ CATHEDRAL DO PORTO PELA CAMARA MUNICIPAL DA MESMA CIDADE NO DIA 16 DE SETEMBRO DE 1855, RECITADA POR..., Vigario de Santa Eulalia de Macieira de Sarnes. Porto, Na Typographia de Sebastião José Pereira, 1855. In-8.º (21,5cm) de 27, [3] p. ; B.
1.ª edição.
"Que vivido enthusiasmo é este, que incita os animos de toda uma Nação?! Como é expansivo o jubilo, que ressumbra na face de seus filhos! Porque ondeam sobre o Tejo e Douro tão festivas, e vistosas galas? Porque se ergue tão radiante e magestosa esta bella do Occidente, cuja fronte se reclina á sombra das parreiras do Minho, e cujos membros se espreguiçam pelas orlas do Oceano?
Não vos é grata essa excitação continua, esse tumultuar sem trégoas no paiz dos Viriatos e Lidadores? [...]
É porque n'este dia memoravel empunha o Sceptro dos Seus Maiores o Descendente dos nossos Reis. É porque n'esse Joven pullulam, de mãos dadas, os brios da Natureza, e os primores da arte... Porque é neto d'um Heroe, que abandonou duas Corôas, e maravilhou dous mundos... filho d'um Regente, que, provindo dos extranhos, é Portuguez do coração..."
(Excerto do preâmbulo)
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Capas frágeis e oxidadas, com defeitos e falhas de papel nos cantos.
Raro.
10€
1.ª edição.
"Que vivido enthusiasmo é este, que incita os animos de toda uma Nação?! Como é expansivo o jubilo, que ressumbra na face de seus filhos! Porque ondeam sobre o Tejo e Douro tão festivas, e vistosas galas? Porque se ergue tão radiante e magestosa esta bella do Occidente, cuja fronte se reclina á sombra das parreiras do Minho, e cujos membros se espreguiçam pelas orlas do Oceano?
Não vos é grata essa excitação continua, esse tumultuar sem trégoas no paiz dos Viriatos e Lidadores? [...]
É porque n'este dia memoravel empunha o Sceptro dos Seus Maiores o Descendente dos nossos Reis. É porque n'esse Joven pullulam, de mãos dadas, os brios da Natureza, e os primores da arte... Porque é neto d'um Heroe, que abandonou duas Corôas, e maravilhou dous mundos... filho d'um Regente, que, provindo dos extranhos, é Portuguez do coração..."
(Excerto do preâmbulo)
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Capas frágeis e oxidadas, com defeitos e falhas de papel nos cantos.
Raro.
10€
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*SILVA (Luís Moreira Maia da),
1ª E D I Ç Ã O,
Comemorações,
D. Pedro V,
História,
História de Portugal,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Porto,
Religião,
Sermões
18 janeiro, 2019
PAPA JOÃO XXI : PEDRO HISPANO = PAPA GIOVANNI XXI : PIETRO SPANO. Coordenação: João Paulo Bessa. Fotografia: António Rafael; Maurizio Necchi; Sergio Galeotti. Tradução: Instituto Italiano de Cultura em Portugal. Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 2000. In-8.º (22cm) de 72 p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Edição bilíngue (português/italiano) publicada por ocasião da inauguração do novo mausoléu do Papa João XXI, o único papa português, na Catedral de Viterbo, em Itália.
Bonita edição impressa em papel de superior qualidade, profusamente ilustrada com fotografias, esboços e desenhos a p.b. e a cores.
"Pedro Julião, lisboeta de nascimento (1220?) e nobre pela mesma causa, foi clérigo e deão na sua cidade natal - que foi, também, a de Santo António, talvez vinte e cinco anos antes.
Pedro Hispano, homem de letras, viajante, estudante em Paris e professor em Siena, versou filosofia, teologia e ciências físicas e matemáticas, foi o presumível autor de doze obras de lógica, medicina, botânica, teologia e outros saberes (suficientes para que Dante o versejasse como aquele "que luz na terra") e, como médico, chegou à corte papal em Viterbo.
João XXI, Papa dos que o foram em Viterbo (antes arquidiácono e arcebispo de Braga - e também, com as vestes cardinalícias, de Tuscolo, após participar no Concílio de Lião), único português coroado com a mitra pontifical, bateu-se nos terrenos da diplomacia política e da doutrina até que uma ocorrência trágica o levou prematuramente para o sepulcro."
Ter tido um português no ministério de Pedro é algo que interpela a nossa tradicional comunhão com o Santo Padre e sublinha a comunhão católica das Igrejas de Portugal que, embora não isenta, ao longo dos séculos, de nuvens e tempestades, sempre permaneceu viva nos católicos portugueses."
(Excerto do preâmbulo de João Soares)
Matérias:
- Preâmbulo: João Soares, Presidente da CML; José, Patriarca de Lisboa. - Um "Filo Rosso" Lisboa-Viterbo: João XXI: Lorenzo Chiarinelli, Bispo de Viterbo. - Testemunho: António Pinto França, Embaixador de Portugal junto da Santa Sé. - O Túmulo do Papa João XXI: Ana Cristina Leite, Mestre em História de Arte. - Anotações sobre a conservação da pedra tumular do Papa João XXI: Emanuela Marino, Arqueóloga/Restauradora; Paola Coghi, Conservadora/Restauradora. - Reflexão. Solução: Daniela Ermano.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
1.ª edição.
Edição bilíngue (português/italiano) publicada por ocasião da inauguração do novo mausoléu do Papa João XXI, o único papa português, na Catedral de Viterbo, em Itália.
Bonita edição impressa em papel de superior qualidade, profusamente ilustrada com fotografias, esboços e desenhos a p.b. e a cores.
"Pedro Julião, lisboeta de nascimento (1220?) e nobre pela mesma causa, foi clérigo e deão na sua cidade natal - que foi, também, a de Santo António, talvez vinte e cinco anos antes.
Pedro Hispano, homem de letras, viajante, estudante em Paris e professor em Siena, versou filosofia, teologia e ciências físicas e matemáticas, foi o presumível autor de doze obras de lógica, medicina, botânica, teologia e outros saberes (suficientes para que Dante o versejasse como aquele "que luz na terra") e, como médico, chegou à corte papal em Viterbo.
João XXI, Papa dos que o foram em Viterbo (antes arquidiácono e arcebispo de Braga - e também, com as vestes cardinalícias, de Tuscolo, após participar no Concílio de Lião), único português coroado com a mitra pontifical, bateu-se nos terrenos da diplomacia política e da doutrina até que uma ocorrência trágica o levou prematuramente para o sepulcro."
Ter tido um português no ministério de Pedro é algo que interpela a nossa tradicional comunhão com o Santo Padre e sublinha a comunhão católica das Igrejas de Portugal que, embora não isenta, ao longo dos séculos, de nuvens e tempestades, sempre permaneceu viva nos católicos portugueses."
(Excerto do preâmbulo de João Soares)
Matérias:
- Preâmbulo: João Soares, Presidente da CML; José, Patriarca de Lisboa. - Um "Filo Rosso" Lisboa-Viterbo: João XXI: Lorenzo Chiarinelli, Bispo de Viterbo. - Testemunho: António Pinto França, Embaixador de Portugal junto da Santa Sé. - O Túmulo do Papa João XXI: Ana Cristina Leite, Mestre em História de Arte. - Anotações sobre a conservação da pedra tumular do Papa João XXI: Emanuela Marino, Arqueóloga/Restauradora; Paola Coghi, Conservadora/Restauradora. - Reflexão. Solução: Daniela Ermano.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
Etiquetas:
*BESSA (João Paulo),
1ª E D I Ç Ã O,
Arte tumular,
Biografias,
Comemorações,
História,
Itália,
Lisboa,
Papa João XXI - Pedro Hispano,
Portugal,
Religião,
Restauro e conservação,
Vaticano,
Viterbo
17 janeiro, 2019
MEDIDAS DEFENSIVAS CONTRA OS ATAQUES DE GAZES. London: Printed Under The Authority Of His Majesty's Stationery Office. By Harrison and Sons, Printers of Ordinary to His Majesty. 1917. In-8.º (19cm) de 51, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Todo o oficial é responsavel pela completa instrução das praças do seu comando sobre as medidas defensivas contra os gazes, pela rigorosa observancia e comprehensão de todos os preceitos estabelecidos e ainda pelo bom estado e conservação dos aparelhos utilisados, de modo a garantirem a maxima segurança.
Na ocasião de um ataque é de grande importancia que as precauções tomadas sejam executadas com a maior serenidade, afim de evitar confusão e perda de energias.
Publicado no 4.º ano da primeira conflagração mundial. Trata-se de um completíssimo manual sobre a protecção contra os ataques com gazes tóxicos, e os cuidados a ter com a sua utilização ofensiva.
Ilustrado nas páginas de texto com tabelas e desenhos exemplificativos.
Matérias:
I. - INSTRUÇÃO. A. - Considerações Geraes. B.- Natureza dos ataques de gazes: - Nuvens de gazes; - Projeteis com gaz; - Granadas lachrymogenias; - Granadas venenosas; - Fumo; - Gazes de minas e de explosão. II. - ORGANISAÇÃO DA DEFEZA CONTRA GAZES. A. - Medidas preventivas n'um batalhão de infantaria. B. - Equipamento individual contra os gazes: - Equipamento portatil; - Quando e onde deve transportar-se este equipamento. C. - Defeza dos abrigos: - Metodos de protecão; - Abrigos a proteger. D. - Proteção de armamento e equipamento: - Armas e munições; - Granadas de mão e de espingarda; - Morteiros leves de trincheira e suas munições; - Peças, morteiros, medios e pesados de trincheira - suas munições; - Equipamento de sinaes. E. - Observação do vento. F. - Periodo de gaz alerta: - Ordem; - Precauções a adotar n'este periodo; - Providencias a tomar nos acampamentos e zonas de retaguarda. H. - Providencias durante um ataque de gaz: - Medidas protetoras; - Medidas tacticas. I. - Precauções contra as granadas deleterias. J. - Precauções a tomar quando empregamos gazes em cilindros, bombas, etc.: - Manejo dos cilindros; - Precauções a adotar quando os cilindros de gazes estão em posição nas trincheiras; - Precauções durante o nosso ataque de gaz; - Granadas e bombas de gaz. K. - Precauções a tomar depois de um ataque de gazes: - Considerações geraes; - Eliminação de gaz dos abrigos enterrados; - Limpeza de armamento e munições; - Tratamento das crateras - precauções a adotar. III. - APARELHOS PROTETORES. A. - Aparelhos protetores individuaes: - Caixa respiratoria; - Mascara P.H.; - Oculos contra gaz; - Respiradores para solipedes. B. - Aparelhos de uso geral contra os gazes: - Buzina strombos; - Outros aparelhos de alarme contra gaz; - Abanos contra gaz; - Pulverizadores vermorel; - Meios para recolher amostras de gaz; - Considerações especiaes para todas as armas: A) Cavalaria. B) Artilharia: Observadores; Proteção das peças e munições; Pontos de refencia - Balisas; Medidas tacticas durante um ataque de gaz. C) Companhia de Sapadores Mineiros. D) Sinaleiros e Telefonistas: Condições geraes; Proteção dos aparelhos; Proteção dos pombos correios. | APENDICES. I. Exercicios com caixas respiratorias e mascaras. II. Inspeção e equipamento do pessoal contra gazes. III. Instruções para o uso dos respiradores nos solipedes. IV. Regras geraes e ordens a observar durante um ataque. V. Regras geraes e ordens a observar pelos sargentos de gaz das companhias. VI. Instruções sobre observações do vento e elaboração de relatorios. VII. Instruções sobre a maneira de colher amostras de gazes e sobre o modo de fazer os relatorios das analises.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com mancha de humidade antiga, no pé, praticamente transversal a toda a obra. Pelo interesse e raridade deve ser encadernado.
Muito raro.
Registo de 1 exemplar na BNP pertencente à Biblioteca da Marinha.
Peça de colecção.
Indisponível
1.ª edição.
Todo o oficial é responsavel pela completa instrução das praças do seu comando sobre as medidas defensivas contra os gazes, pela rigorosa observancia e comprehensão de todos os preceitos estabelecidos e ainda pelo bom estado e conservação dos aparelhos utilisados, de modo a garantirem a maxima segurança.
Na ocasião de um ataque é de grande importancia que as precauções tomadas sejam executadas com a maior serenidade, afim de evitar confusão e perda de energias.
Publicado no 4.º ano da primeira conflagração mundial. Trata-se de um completíssimo manual sobre a protecção contra os ataques com gazes tóxicos, e os cuidados a ter com a sua utilização ofensiva.
Ilustrado nas páginas de texto com tabelas e desenhos exemplificativos.
Matérias:
I. - INSTRUÇÃO. A. - Considerações Geraes. B.- Natureza dos ataques de gazes: - Nuvens de gazes; - Projeteis com gaz; - Granadas lachrymogenias; - Granadas venenosas; - Fumo; - Gazes de minas e de explosão. II. - ORGANISAÇÃO DA DEFEZA CONTRA GAZES. A. - Medidas preventivas n'um batalhão de infantaria. B. - Equipamento individual contra os gazes: - Equipamento portatil; - Quando e onde deve transportar-se este equipamento. C. - Defeza dos abrigos: - Metodos de protecão; - Abrigos a proteger. D. - Proteção de armamento e equipamento: - Armas e munições; - Granadas de mão e de espingarda; - Morteiros leves de trincheira e suas munições; - Peças, morteiros, medios e pesados de trincheira - suas munições; - Equipamento de sinaes. E. - Observação do vento. F. - Periodo de gaz alerta: - Ordem; - Precauções a adotar n'este periodo; - Providencias a tomar nos acampamentos e zonas de retaguarda. H. - Providencias durante um ataque de gaz: - Medidas protetoras; - Medidas tacticas. I. - Precauções contra as granadas deleterias. J. - Precauções a tomar quando empregamos gazes em cilindros, bombas, etc.: - Manejo dos cilindros; - Precauções a adotar quando os cilindros de gazes estão em posição nas trincheiras; - Precauções durante o nosso ataque de gaz; - Granadas e bombas de gaz. K. - Precauções a tomar depois de um ataque de gazes: - Considerações geraes; - Eliminação de gaz dos abrigos enterrados; - Limpeza de armamento e munições; - Tratamento das crateras - precauções a adotar. III. - APARELHOS PROTETORES. A. - Aparelhos protetores individuaes: - Caixa respiratoria; - Mascara P.H.; - Oculos contra gaz; - Respiradores para solipedes. B. - Aparelhos de uso geral contra os gazes: - Buzina strombos; - Outros aparelhos de alarme contra gaz; - Abanos contra gaz; - Pulverizadores vermorel; - Meios para recolher amostras de gaz; - Considerações especiaes para todas as armas: A) Cavalaria. B) Artilharia: Observadores; Proteção das peças e munições; Pontos de refencia - Balisas; Medidas tacticas durante um ataque de gaz. C) Companhia de Sapadores Mineiros. D) Sinaleiros e Telefonistas: Condições geraes; Proteção dos aparelhos; Proteção dos pombos correios. | APENDICES. I. Exercicios com caixas respiratorias e mascaras. II. Inspeção e equipamento do pessoal contra gazes. III. Instruções para o uso dos respiradores nos solipedes. IV. Regras geraes e ordens a observar durante um ataque. V. Regras geraes e ordens a observar pelos sargentos de gaz das companhias. VI. Instruções sobre observações do vento e elaboração de relatorios. VII. Instruções sobre a maneira de colher amostras de gazes e sobre o modo de fazer os relatorios das analises.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com mancha de humidade antiga, no pé, praticamente transversal a toda a obra. Pelo interesse e raridade deve ser encadernado.
Muito raro.
Registo de 1 exemplar na BNP pertencente à Biblioteca da Marinha.
Peça de colecção.
Indisponível
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1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
Guerra,
História,
História de Portugal,
Manuais / Compêndios
15 janeiro, 2019
ESCOLA PROFISSIONAL DA PAIÃ - JUNTA GERAL DO DISTRITO DE LISBOA. Lisboa, Casa Portuguesa, 1933. In-4.º (24cm) de 16 p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Capa de Amaro. Artes na Lito-Salles, Lisboa.
Opúsculo raríssimo sobre a Escola Profissional da Paiã, estabelecimento criado em 1917 que, na sua génese, recebeu e educou filhos dos mortos, feridos e estropiados nos campos de batalha na Grande Guerra.
Muito ilustrado com fotogravuras, incluindo a planta da Escola em página inteira.
“Na sua sessão de 22 de Março de 1917 a Junta Geral do Distrito de Lisboa aprovou as bases gerais para a criação de uma escola de agricultura, que se denominaria Escola Profissional de Agricultura do Distrito de Lisboa, a qual era especialmente destinada a receber alunos de ambos os sexos, filhos de cidadãos pobres, mortos ou inutilizados nos campos de batalha.
Seriam preferidos os órfãos de cidadãos pobres do Distrito, mortos combatendo o inimigo, e, dentre eles, em primeiro lugar, os de descendência imediata de operários rurais. Seriam também admitidos, se os recursos da Junta Distrital assim permitissem, os filhos de cidadãos mutilados na guerra e em último lugar de outros distritos, dando-se preferência aos daqueles que tivessem contribuído para a guerra com maior contingente militar. Na falta de educandos nestas condições, seriam admitidos órfãos de operários rurais ou indivíduos invalidados por desastre em trabalhos agrícolas.
Mais tarde seriam também admitidos os expostos, abandonados ou desvalidados, nascidos no Distrito de Lisboa.
Em 1919 foram publicadas as bases regulamentares da Escola, aprovadas pela comissão administrativa da Junta Geral do Distrito de Lisboa, bases essas que serviram de regulamento provisório, até que fosse publicado o regulamento geral.
O primeiro regulamento só foi publicado em 1926, seguindo-se outro publicado em 1928.
Em Agosto de 1917, iniciaram-se os trabalhos de instalação da Escola começando por serem arrecadadas as propriedades onde ficaria instalada, mais tarde adquirias pela Junta.
A Escola ocupou assim, nos sítios da Paiã uma área aproximada de 220 hectares, mais tarde reduzidos a 180.
Realizaram-se as obras necessárias nos edifícios, a fim de se adaptarem às condições mínimas exigidas para um novo fim, pois tratava-se de velhas casas apalaçadas e suas dependências agrícolas.
As demoras consequentes permitiram que a Escola apenas se inaugurasse oficialmente em Outubro de 1919, tendo os primeiros alunos dado entrada a 20 de Maio desse ano.
O ensino ministrado era essencialmente prático, baseado na exploração agrícola regional. Também era ministrado aos alunos o ensino da música, constituindo-se uma banda que se notabilizou e muito contribuiu para que a Escola se tornasse conhecida.
Embora a Escola desempenhasse um papel de grande utilidade na vida nacional tornou-se contudo um pesado encargo para a Junta Geral o Distrito de Lisboa, o que a par de outras dificuldades, contribuiu bastante para a extinção da Escola na sua primeira base, o que se verificou em 1929.
Reformada, foi reaberta em 1930, passando a designar-se Escola Profissional da Paiã, correspondendo esta nova designação a modificações introduzidas na sua organização.
Nesta segunda fase, conservou a Escola a sua índole fundamental, alargando-se as suas funções de assistência, criando-se para isso duas secções, uma infantil outra profissional.
O ensino agrícola continuou, mais ou menos nos moldes anteriores, adaptando-se o ensino profissional a diversas artes e ofícios aos quais se dedicariam os alunos conforme as naturais aptidões, continuando-se a ministrar o ensino da música.
Esta Escola funcionou até 1939, ano em que foi criada a Escola Prática de Agricultura D. Dinis.”
(Fonte: Maria Máxima Vaz, "A Escola Profissional Agrícola D. Dinis na Paiã. A protecção aos filhos e órfãos dos combatentes na Primeira Guerra Mundial", A Guerra de 1914 - 1918, www.portugal1914.org)
"No ano de 1917 a Junta Geral do Distrito de Lisboa no desejo de contribuir com a sua acção e o seu esfôrço para a formação dum Portugal Maior, sádio de corpo e de espírito, lançava nos arredores de Lisboa a primeira pedra duma obra levantada hoje - A Escola Profissional da Paiã."
(Excerto da apresentação)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com pequenos defeitos marginais.
Muito raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Peça de colecção.
30€
1.ª edição.
Capa de Amaro. Artes na Lito-Salles, Lisboa.
Opúsculo raríssimo sobre a Escola Profissional da Paiã, estabelecimento criado em 1917 que, na sua génese, recebeu e educou filhos dos mortos, feridos e estropiados nos campos de batalha na Grande Guerra.
Muito ilustrado com fotogravuras, incluindo a planta da Escola em página inteira.
“Na sua sessão de 22 de Março de 1917 a Junta Geral do Distrito de Lisboa aprovou as bases gerais para a criação de uma escola de agricultura, que se denominaria Escola Profissional de Agricultura do Distrito de Lisboa, a qual era especialmente destinada a receber alunos de ambos os sexos, filhos de cidadãos pobres, mortos ou inutilizados nos campos de batalha.
Seriam preferidos os órfãos de cidadãos pobres do Distrito, mortos combatendo o inimigo, e, dentre eles, em primeiro lugar, os de descendência imediata de operários rurais. Seriam também admitidos, se os recursos da Junta Distrital assim permitissem, os filhos de cidadãos mutilados na guerra e em último lugar de outros distritos, dando-se preferência aos daqueles que tivessem contribuído para a guerra com maior contingente militar. Na falta de educandos nestas condições, seriam admitidos órfãos de operários rurais ou indivíduos invalidados por desastre em trabalhos agrícolas.
Mais tarde seriam também admitidos os expostos, abandonados ou desvalidados, nascidos no Distrito de Lisboa.
Em 1919 foram publicadas as bases regulamentares da Escola, aprovadas pela comissão administrativa da Junta Geral do Distrito de Lisboa, bases essas que serviram de regulamento provisório, até que fosse publicado o regulamento geral.
O primeiro regulamento só foi publicado em 1926, seguindo-se outro publicado em 1928.
Em Agosto de 1917, iniciaram-se os trabalhos de instalação da Escola começando por serem arrecadadas as propriedades onde ficaria instalada, mais tarde adquirias pela Junta.
A Escola ocupou assim, nos sítios da Paiã uma área aproximada de 220 hectares, mais tarde reduzidos a 180.
Realizaram-se as obras necessárias nos edifícios, a fim de se adaptarem às condições mínimas exigidas para um novo fim, pois tratava-se de velhas casas apalaçadas e suas dependências agrícolas.
As demoras consequentes permitiram que a Escola apenas se inaugurasse oficialmente em Outubro de 1919, tendo os primeiros alunos dado entrada a 20 de Maio desse ano.
O ensino ministrado era essencialmente prático, baseado na exploração agrícola regional. Também era ministrado aos alunos o ensino da música, constituindo-se uma banda que se notabilizou e muito contribuiu para que a Escola se tornasse conhecida.
Embora a Escola desempenhasse um papel de grande utilidade na vida nacional tornou-se contudo um pesado encargo para a Junta Geral o Distrito de Lisboa, o que a par de outras dificuldades, contribuiu bastante para a extinção da Escola na sua primeira base, o que se verificou em 1929.
Reformada, foi reaberta em 1930, passando a designar-se Escola Profissional da Paiã, correspondendo esta nova designação a modificações introduzidas na sua organização.
Nesta segunda fase, conservou a Escola a sua índole fundamental, alargando-se as suas funções de assistência, criando-se para isso duas secções, uma infantil outra profissional.
O ensino agrícola continuou, mais ou menos nos moldes anteriores, adaptando-se o ensino profissional a diversas artes e ofícios aos quais se dedicariam os alunos conforme as naturais aptidões, continuando-se a ministrar o ensino da música.
Esta Escola funcionou até 1939, ano em que foi criada a Escola Prática de Agricultura D. Dinis.”
(Fonte: Maria Máxima Vaz, "A Escola Profissional Agrícola D. Dinis na Paiã. A protecção aos filhos e órfãos dos combatentes na Primeira Guerra Mundial", A Guerra de 1914 - 1918, www.portugal1914.org)
"No ano de 1917 a Junta Geral do Distrito de Lisboa no desejo de contribuir com a sua acção e o seu esfôrço para a formação dum Portugal Maior, sádio de corpo e de espírito, lançava nos arredores de Lisboa a primeira pedra duma obra levantada hoje - A Escola Profissional da Paiã."
(Excerto da apresentação)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com pequenos defeitos marginais.
Muito raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Peça de colecção.
30€
14 janeiro, 2019
ANTHERO, Adriano - MEGACLÉS. (Romance historico). Porto, Imprensa Portugueza, 1922. In-8.º (17cm) de 238, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Romance histórico cuja acção decorre na Grécia antiga durante o século VI a.C.
"A cidade de Olympia estava na margem direita do Alfeu e na margem esquerda do Cladeas, e a oeste de Pisa, capital de Elida. [...]
Na planicie, entre o Alfeu e o Cladeas, é que se celebravam, de quatro em quatro anno, os jogos olympicos, e ahi se erguia o templo de Zeus, n'um vasto recinto, chamado Altis, que media um estadio por lado.
No tempo d'esta historia, [561 a 510 antes de Cristo], esse templo não tinha ainda a grandeza e sumptuosidade posterior; mas o altar já era magnificiente. [...]
Ora, os jogos olympicos, que, segundo fica dito, se celebravam de quatro em quatro annos, n'essa cidade, attrairam, então, maior concorrencia que nas olympiadas anteriores. Tinham vindo athletas, propriamente dictos, e palestrates de Sparta, de Athenas, da Argolida, Corintho, Acarnania, e de quasi todas as outras partes da Grecia. Tinham tambem chegado muitos peregrinos estrangeiros, bem como differentes theorias, ou representações officiaes de varias cidades gregas e até d'outras nações.
E, segundo era de lei, havia paz e tregoa sagrada ou ekekeiria, tambem por toda a Grecia, e que não podiam ser alteradas ou quebradas durante os jogos, sob penas graves. [...]
Os jogos duravam cinco dias. Mas o primeiro dia era destinado para os sacrificios aos deuses e outras cerimonias, prescriptas no regulamento.
Ora, foi a esses sacrificios que Agarista e Thargelia foram assistir com Clisthenes, que tambem tinha de estar obrigatoriamente lá, por se achar inscripto como luctador."
(Excerto do Cap. II)
Adriano Antero de Sousa Pinto (1846-1934). Mais conhecido por Adriano Antero. Natural de Cárquere, Resende. Foi um escritor e conhecido advogado português. Tem obra jurídica e económica de relevo editada. Publicou ainda diversos romances, alguns de índole de histórica. Deputado em várias legislaturas, foi ainda professor de História Económica e Geografia no Instituto Industrial do Porto e Vice-presidente da Câmara do Porto, cidade onde viria a falecer em 1934.
Encadernação cartonada, recoberta de tecido, com rótulo verde na lombada indicando o título e o autor. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. anterrosto.
Muito invulgar.
20€
1.ª edição.
Romance histórico cuja acção decorre na Grécia antiga durante o século VI a.C.
"A cidade de Olympia estava na margem direita do Alfeu e na margem esquerda do Cladeas, e a oeste de Pisa, capital de Elida. [...]
Na planicie, entre o Alfeu e o Cladeas, é que se celebravam, de quatro em quatro anno, os jogos olympicos, e ahi se erguia o templo de Zeus, n'um vasto recinto, chamado Altis, que media um estadio por lado.
No tempo d'esta historia, [561 a 510 antes de Cristo], esse templo não tinha ainda a grandeza e sumptuosidade posterior; mas o altar já era magnificiente. [...]
Ora, os jogos olympicos, que, segundo fica dito, se celebravam de quatro em quatro annos, n'essa cidade, attrairam, então, maior concorrencia que nas olympiadas anteriores. Tinham vindo athletas, propriamente dictos, e palestrates de Sparta, de Athenas, da Argolida, Corintho, Acarnania, e de quasi todas as outras partes da Grecia. Tinham tambem chegado muitos peregrinos estrangeiros, bem como differentes theorias, ou representações officiaes de varias cidades gregas e até d'outras nações.
E, segundo era de lei, havia paz e tregoa sagrada ou ekekeiria, tambem por toda a Grecia, e que não podiam ser alteradas ou quebradas durante os jogos, sob penas graves. [...]
Os jogos duravam cinco dias. Mas o primeiro dia era destinado para os sacrificios aos deuses e outras cerimonias, prescriptas no regulamento.
Ora, foi a esses sacrificios que Agarista e Thargelia foram assistir com Clisthenes, que tambem tinha de estar obrigatoriamente lá, por se achar inscripto como luctador."
(Excerto do Cap. II)
Adriano Antero de Sousa Pinto (1846-1934). Mais conhecido por Adriano Antero. Natural de Cárquere, Resende. Foi um escritor e conhecido advogado português. Tem obra jurídica e económica de relevo editada. Publicou ainda diversos romances, alguns de índole de histórica. Deputado em várias legislaturas, foi ainda professor de História Económica e Geografia no Instituto Industrial do Porto e Vice-presidente da Câmara do Porto, cidade onde viria a falecer em 1934.
Encadernação cartonada, recoberta de tecido, com rótulo verde na lombada indicando o título e o autor. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. anterrosto.
Muito invulgar.
20€
Etiquetas:
*ANTERO (Adriano),
1ª E D I Ç Ã O,
Grécia,
Literatura Portuguesa,
Romance Histórico
13 janeiro, 2019
COSTA, A. Fontoura da - L'ALMANACH PERPETUUM DE ABRAHAM ZACUT. LEIRIA, 1496. Communication de... Lisboa, Imprensa da Armada, 1934. In-4.º (24,5 cm) de 16 p. (inc. capas) ; B.
1.ª edição.
Estudo redigido em francês (que não teve tradução para português). Trata-se da comparação promovida pelo autor de várias edições do Almanach Perpetuum de Zacut espalhadas pelo mundo, traduzidas do original em hebreu para latim e espanhol pelo português por José Vizinho, e impressas por Abraham Ortas, em Leiria.
Opúsculo ilustrado no texto, em quatro páginas inteiras, com a reprodução fac-símile dos frontispícios, cólofons e as primeiras e últimas páginas de texto de diversas edições quatrocentistas da obra em análise.
"Je me propose seulement de vous présenter un important problème bibliographique, intéressant l'Histoire de la Science nautique des Découvertes.
Le grand savant Raby Abraham bar Samuel Zacut, juif salamanquin, a écrit plusieurs ouvrages scientifiques, dont le plus notable est le Ha-jibbur Ha-gadol - Compilation Magna - composé de Tables astronomiques, avec une long Introduction. [...]
Notre José Vizinho, élève de Zacut, a traduit, la résumant en latin et en espagnol, l'Introduction du Ha-jibbur et, en latin, presque toutes les Tables astronomiques, c'est-à-dire les Ephémèrides des sept Planètes: Soleil, Lune, Saturne, Jupiter, Venus et Mercure.
Ces traductions de Vizinho ont été publiées á Leiria, par Abraham Ortas, en 1496; ce sont les ouvrages qu'on connait par l' Almanach perpetuum de Zacut.
Ce grand Almanach a été la base des Tables solaires quadrienales portugaises, pour 1497-1500 (voyages de Gama et de Cabral)..."
(Excerto do estudo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e bibliográfico.
15€
1.ª edição.
Estudo redigido em francês (que não teve tradução para português). Trata-se da comparação promovida pelo autor de várias edições do Almanach Perpetuum de Zacut espalhadas pelo mundo, traduzidas do original em hebreu para latim e espanhol pelo português por José Vizinho, e impressas por Abraham Ortas, em Leiria.
Opúsculo ilustrado no texto, em quatro páginas inteiras, com a reprodução fac-símile dos frontispícios, cólofons e as primeiras e últimas páginas de texto de diversas edições quatrocentistas da obra em análise.
"Je me propose seulement de vous présenter un important problème bibliographique, intéressant l'Histoire de la Science nautique des Découvertes.
Le grand savant Raby Abraham bar Samuel Zacut, juif salamanquin, a écrit plusieurs ouvrages scientifiques, dont le plus notable est le Ha-jibbur Ha-gadol - Compilation Magna - composé de Tables astronomiques, avec une long Introduction. [...]
Notre José Vizinho, élève de Zacut, a traduit, la résumant en latin et en espagnol, l'Introduction du Ha-jibbur et, en latin, presque toutes les Tables astronomiques, c'est-à-dire les Ephémèrides des sept Planètes: Soleil, Lune, Saturne, Jupiter, Venus et Mercure.
Ces traductions de Vizinho ont été publiées á Leiria, par Abraham Ortas, en 1496; ce sont les ouvrages qu'on connait par l' Almanach perpetuum de Zacut.
Ce grand Almanach a été la base des Tables solaires quadrienales portugaises, pour 1497-1500 (voyages de Gama et de Cabral)..."
(Excerto do estudo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e bibliográfico.
15€
12 janeiro, 2019
BARATA, Antonio Francisco - O MANUELINHO DE EVORA : romance historico (1637). Por... Coimbra, Imprensa Litteraria, 1873. In-8.º (20cm) de [8], 300 p. ; B.
1.ª edição.
Romance histórico. Narrativa da resistência eborense à dominação castelhana que culminaria na Restauração, em 1640. Para a elaboração deste trabalho, o autor socorreu-se de documentos coevos pertencentes ao espólio da Biblioteca de Évora.
Livro valorizado pela dedicatória manuscrita do autor (não autografada) ao "estudioso e digno artista Pereira de Magalhães".
"Vagarosamente passava para Portugal o anno do Senhor de 1637. E vagarosamente passava porque a patria de D. João I desde 1581 era escrava de Castella, podendo e devendo ser a parte mais dilecta dos monarchas hespanhoes na Peninsula. O seu clima, o seu uberrimo solo, seus famosos portos, notoriamente o de Lisboa e o genio esforçado de seus naturaes, não menos que Andaluzia lhe davam jus, se não a reino independente com leis proprias e costumes seus, ao menos a ser a primeira provincia que desde os pyrineus ao Estreito devia merecer os cuidados dos governantes castelhanos. Grave erro foi a administração de Castella com respeito a Portugal, que os Governadores do reyno depois que expirára D. Henrique, criminosamente agrilhoaram ao carro triumphante do Demonio do meio dia. É-nos porém lisongeira a ferre a dominação de Castella. Os valentes de mil combates, os dominadores do mar, deviam inspirar serios cuidados ao leão Castelhano. A raça de Viriato era muito para temer."
(Excerto do Cap. I, O romeiro de Sant'Iago)
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Romance histórico. Narrativa da resistência eborense à dominação castelhana que culminaria na Restauração, em 1640. Para a elaboração deste trabalho, o autor socorreu-se de documentos coevos pertencentes ao espólio da Biblioteca de Évora.
Livro valorizado pela dedicatória manuscrita do autor (não autografada) ao "estudioso e digno artista Pereira de Magalhães".
"Vagarosamente passava para Portugal o anno do Senhor de 1637. E vagarosamente passava porque a patria de D. João I desde 1581 era escrava de Castella, podendo e devendo ser a parte mais dilecta dos monarchas hespanhoes na Peninsula. O seu clima, o seu uberrimo solo, seus famosos portos, notoriamente o de Lisboa e o genio esforçado de seus naturaes, não menos que Andaluzia lhe davam jus, se não a reino independente com leis proprias e costumes seus, ao menos a ser a primeira provincia que desde os pyrineus ao Estreito devia merecer os cuidados dos governantes castelhanos. Grave erro foi a administração de Castella com respeito a Portugal, que os Governadores do reyno depois que expirára D. Henrique, criminosamente agrilhoaram ao carro triumphante do Demonio do meio dia. É-nos porém lisongeira a ferre a dominação de Castella. Os valentes de mil combates, os dominadores do mar, deviam inspirar serios cuidados ao leão Castelhano. A raça de Viriato era muito para temer."
(Excerto do Cap. I, O romeiro de Sant'Iago)
António Francisco Barata (Góis, 1836 - Évora, 1910). “Erudito,
publicista, escritor, historiador e grande observador dos costumes nacionais.
Órfão e sem recursos, iniciou-se na vida profissional como aprendiz de barbeiro
em Coimbra. Espírito curioso e amante da leitura, o contacto com os lentes da
Universidade, que frequentavam a barbearia onde trabalhava, determinaram a sua
formação de autodidacta. Aos 24 anos publicou a primeira obra, sob o título, Lucubrações de Um Artista (1860),
que reunia algumas composições poéticas. No ano seguinte (1861) dava à estampa
a Breve memória histórica acerca da velha
Coimbra, arrasada por Ataces e Remismurado, e da fundação ou edificação da
actual Coimbra; em 1862 um drama em quatro actos, A Conquista de Coimbra; e em 1863, as Novas Lucubrações de Um artista. Trabalhador infindável e polemista
vigoroso, é extensíssima a sua obra dividida em vários géneros literários,
tendo firmado alguns dos seus escritos com os pseudónimos de D. Bruno da
Silva e Bonifaciano Tranca Ratos, este adoptado em polémicas e em
assuntos que se prestavam à ironia. Colaborou com os vários periódicos
existentes em Évora, Elvas, Estremoz, Barcelos e Coimbra. A sua bibliografia é
bastante vasta, pois era profundo conhecedor dos costumes e história da região
de Évora, dedicando à cidade a sua vida e erudição, através de ensaios de
história e arqueologia. Escreveu romances históricos como O Manuelinho de Évora (1873), fez
recolha de composições para o Cancioneiro
Quinhentista (1902), que se pretendia a continuação do de Garcia de
Resende. Colaborou também no Dicionário
Heráldico e no Dicionário Espanhol-Português
e Português-Espanhol de Figanière (1879). Espírito empreendedor, foi
fundador da «Typographia Minerva», inicialmente situada na Praça de Giraldo, nº
40 e 41. Nos primeiros anos do século XX, já velho e doente, ainda produziu
algumas obras: Évora e seus
arredores (1904), Évora
Antiga (1909), e Homenagem
de Évora a Alexandre Herculano (1910). Nos últimos anos da sua vida,
procurou deixar uma bibliografia de toda a sua produção, Escritos e Publicações de António Francisco
Barata - 1866-1908. Personalidade controversa para muitos seus
contemporâneos, a verdade é que foi um homem singular.”
(Fonte: http://bdalentejo.net/conteudo_a.php?id=103)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas sujas com pequenos defeitos marginais.Raro.
Indisponível
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§ AUTÓGRAFOS,
*BARATA (António Francisco),
1ª E D I Ç Ã O,
Évora,
História,
Literatura Portuguesa,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Romance Histórico
10 janeiro, 2019
GUERRA, Maria Sofia Pomba - DOIS ANOS EM ÁFRICA. Prefácio de Vitorino Nemésio. Ilustrações de Aurora Severo. [S.l.], Edição da Autora, 1935 [na capa, 1936]. In-8.º (19 cm) de XIII, [1], 206, [4] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Romance colonial, resultante das vivências da autora em África. Um jovem - Rafael - abandona os estudos em Coimbra para embarcar com destino a Moçambique. As primeiras 33 páginas da obra são dedicadas ao ambiente estudantil, pejadas de referências às tradições universitárias coimbrãs.
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa da autora.
Ilustrado ao longo de texto com belíssimos desenhos.
"Livro de impressões coloniais vagamente romanceadas - um jovem a colocar, um tio utopista que o chama e a selva de Moçambique como fundo e quási como desfecho -, não são poucas as suas páginas em que começa a levantar-se diante de nós a nebulosa que prometia uma estrêla, ou seja, o comêço de conflito que anunciava um drama."
(Excerto do Prefácio)
"Nessa manhã de inverno e sol, complacente, desprendera sôbre a terra um bafo morno. A diafaneidade reverberante de luz, a pureza tépida da doce viração alagavam o coração de Rafael em ondas de prazer.
Da pasta tremulava já um «grêlo» azul. Deitou a capa ao ombro, consultou o relógio: faltavam dois minutos e o átrio das Químicas, ali perto, estava meio deserto.
Sentados nos plintos das colunas, dispersos pelas escadas de entrada, uma dúzia de colegas falazavam.
Media o tempo a cadência dos passos; a voz das raparigas, em notas mais agudas, ritmava o sussurro e, lá dentro, no ádito, iam-se aglomerando novos grupos.
O archeiro, agaloado de verde, apertado no uniforme justo, ia gastando o tempo. [...]
Rafael enveredou seus passos para o Castelo. Por tôda a parte enxameiam manchas negras de capas.
Cêrca da Associação Académica há grande falazar: troços de moços contravêm com sanha, invectivam outros com afã inimigos irosos e cada qual porfia em alfaiar o preferido com mais avantajada cópia de primores. Próximas estão as eleições para o Senado e os moços estudantes não cessam afanosos combates em prol da sua dama: a Idea."
(Excerto do texto)
Maria Sofia Pomba Guerra (Elvas, 1906 - Cascais, 1976). "Mulher revolucionária na sua geração, manteve uma intensa actividade política, sendo uma activa militante antifascista e anticolonialista. Em 1949 tornou-se a primeira mulher branca a ser presa e deportada para a metrópole, ficando detida em Caxias até Julho de 1950.
Farmacêutica, analista e professora, Maria Sofia Carrajola Pomba Amaral da Guerra nasceu em Elvas, a 18 de Julho de 1906. Frequentou a Universidade de Coimbra na década de 20, juntamente com o futuro marido, Platão Zorai do Amaral Guerra, e terá estado inscrita em mais do que um curso."
(Fonte: FB, Antifascistas da Resistência)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Romance colonial, resultante das vivências da autora em África. Um jovem - Rafael - abandona os estudos em Coimbra para embarcar com destino a Moçambique. As primeiras 33 páginas da obra são dedicadas ao ambiente estudantil, pejadas de referências às tradições universitárias coimbrãs.
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa da autora.
Ilustrado ao longo de texto com belíssimos desenhos.
"Livro de impressões coloniais vagamente romanceadas - um jovem a colocar, um tio utopista que o chama e a selva de Moçambique como fundo e quási como desfecho -, não são poucas as suas páginas em que começa a levantar-se diante de nós a nebulosa que prometia uma estrêla, ou seja, o comêço de conflito que anunciava um drama."
(Excerto do Prefácio)
"Nessa manhã de inverno e sol, complacente, desprendera sôbre a terra um bafo morno. A diafaneidade reverberante de luz, a pureza tépida da doce viração alagavam o coração de Rafael em ondas de prazer.
Da pasta tremulava já um «grêlo» azul. Deitou a capa ao ombro, consultou o relógio: faltavam dois minutos e o átrio das Químicas, ali perto, estava meio deserto.
Sentados nos plintos das colunas, dispersos pelas escadas de entrada, uma dúzia de colegas falazavam.
Media o tempo a cadência dos passos; a voz das raparigas, em notas mais agudas, ritmava o sussurro e, lá dentro, no ádito, iam-se aglomerando novos grupos.
O archeiro, agaloado de verde, apertado no uniforme justo, ia gastando o tempo. [...]
Rafael enveredou seus passos para o Castelo. Por tôda a parte enxameiam manchas negras de capas.
Cêrca da Associação Académica há grande falazar: troços de moços contravêm com sanha, invectivam outros com afã inimigos irosos e cada qual porfia em alfaiar o preferido com mais avantajada cópia de primores. Próximas estão as eleições para o Senado e os moços estudantes não cessam afanosos combates em prol da sua dama: a Idea."
(Excerto do texto)
Maria Sofia Pomba Guerra (Elvas, 1906 - Cascais, 1976). "Mulher revolucionária na sua geração, manteve uma intensa actividade política, sendo uma activa militante antifascista e anticolonialista. Em 1949 tornou-se a primeira mulher branca a ser presa e deportada para a metrópole, ficando detida em Caxias até Julho de 1950.
Farmacêutica, analista e professora, Maria Sofia Carrajola Pomba Amaral da Guerra nasceu em Elvas, a 18 de Julho de 1906. Frequentou a Universidade de Coimbra na década de 20, juntamente com o futuro marido, Platão Zorai do Amaral Guerra, e terá estado inscrita em mais do que um curso."
(Fonte: FB, Antifascistas da Resistência)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
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