04 abril, 2016

SOUSA, Eurico Teixeira de - VERDADES AMARGAS DA GRANDE-GUERRA OU SAPADORES MINEIROS EM FRANÇA : Agosto de 917 - Fevereiro de 919. Por... Tenente-miliciano. Porto, Companhia Portuguesa Editora, L.da, [s.d.]. In-8.º (19,5cm) de 428 p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Obra dedicada por Teixeira de Sousa à memória dos sapadores-mineiros caídos em França.
"Quem tiver a coragem necessária para lêr o que se segue, páginas de mal alinhavada prosa, não cuide que vai encontrar mimos de literatura, imagens brilhantes ou fantasias do impossível.
Tais coisas não achará e certamente não ficará agradado da obra, a que falta brilho e colorido mas em que há verdade e sinceridade.
É vasta a literatura da guerra e muitos daquêles que têm o seu logar marcado na pleiade dos nossos escritores para ela contribuiram com produções que os criticos dizem ser de valor.
Mas, com rarissimas excepções, essas obras são mais interessantes pelo ládo literário e estão longe de serem uma amostra da vida real, da vida passada. Ás belesas de fórma e aos artifícios, que, afinal, são os atractivos que captivam o leitor, foi sacrificada a realidade das coisas.
Entre os seus autores encontram-se infantes, artilheiros, oficiais da Administração Militar e do Estado-Maior, cada um puxando a brasa para a sua sardinha... o que não seria digno de maior reparo se alguns dêstes escritores não procurassem realçar o papel das suas unidades deprimindo as outras.
Ha entre êles pessoas que na nossa terra têm honras de oráculos, enganadores conselheiros que a muitos têm induzido em êrro, ha entre êles quem lance uma suspeição sôbre o esfôrço das companhias de sapadores-mineiros em França, sôbre as únicas tropas de engenharia que fôram sacrificadas, sôbre as unidades que podemos cognominar de «infantaria da engenharia». [...]
As criticas destas páginas são apenas carapuças para certos zoilos e esclarecimentos para aqueles que não tenham conhecimento das coisas a não ser por desafinadas trombetas.
Não conseguirei atingir o fim que desejava, paciencia! Mas ao menos ficarei contente por levantar do esquecimento, tirar do quási geral silencio, as Companhias de Sapadores-Mineiros do Corpo Expedicionário Português, que cumpriram, de alevantada fórma, o seu dever e ergueram, bem alto, o nome honrado do Regimento de Sapadores Mineiros, não desmerecendo das gloriosas tradições da Arma de Engenharia... 
... Vai levantar-se o pano..."
(excerto da introdução, Antes de levantar o pano...)
Índice:
- Antes de levantar o pano. - Como deitei galão. - No Regimento de Sapadores Mineiros. - Ordem de marcha. - Madrid e Paris. - A caminho da frente. - Na Escola de Gáses. - A grande familia da 4.ª C. S. M. - Como nasceu a 4.ª C. S.M. - Laventie e Fauquissart. - Organização. - Pão nosso. - 1.ª C. do 2.º G. C. P. - Inimigos da luz. - Data que não esquece. - Cavalo branco á solta... - Em vergonhosa fuga. - Em familia. - Um domingo de descanço. - Boas-festas... Boas-festas! - Cemitérios em Fauquissart. - Cachapins. - Toldam-se os ares. - A caminho de Paradis. - In memoriam. - A vigarice das licenças e um castigo. - Amendoas amargas. - Estado moral das tropas. - Uma semana de descanço. - Regresso á frente. - Isbergues. - Recomeçam os trabalhos. - Vida nova. - Dolorosa confissão. - Sobre o medo. - Familia desfeita. - Nuvens no horisonte. - A Junta dos Morteiros. - De licença! - A caminho de Portugal. - A volta do filho pródigo. - Mudanças. - A morte inglória. - Más companhias. - Em terras reconquistadas. - Dissolução da 4.ª C. S. M. - A caminho da Bélgica. - Nova familia. - A morte do apóstolo. - O Escalda. - Sobre os oferecimentos. - O fim da matança. - Froyennes e Tournai. - Canteleu e Lille. - Manqueville-les-Lillers. - Compasso de espera em Cherburgo. - O grande dia. - Terra amada. - O Fim. - Nota final.
Exemplar brochado em bom esta de conservação. Pequena falha de papel no canto inferior dto da capa e nas primeiras folhas de texto. Lombada cansada.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

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