23 junho, 2019

ALBUQUERQUE, D. Mécia Mousinho de - AVENTURAS DE TOMYRIS. [Prefácio de D. Alberto Bramão]. [Lisboa], Edição da Autora, 1943. In-8.º (19 cm) de 134, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Obra constituída por 6 pequenas novelas, sendo duas delas - as principais - novelas históricas: Aventuras de Tomyris e O Saltimbanco.
"Numerosos prodígios haviam assinalado o nascimento de Próspero.
Presságios, oráculos, visões maravilhosas anunciaram a sua Mãe a glória e a fortuna da criança que ia dar à luz.
Por isso, mais esplêndidas foram as festas e as prodigalidades que solenizaram a chegada ao mundo do Procônsul Marcellus. Durante oito dias, a cidade de Nimes foi o teatro de jogos magníficos, pantomimas e espectáculos de gladiadores, que poderiam rivalizar, em aparato, com as do próprio Coliseu de Roma.
Quarenta escravos e outras tantas escravas receberam a liberdade, e doze crianças, nascidas naquele mesmo mês, foram generosamente premiadas, pelo acaso que as fizera entrar na vida, sob os auspícios do primogénito de Marcellus.
Dentre estas últimas, Tomyris, nascida no mesmo dia que Próspero, duma escrava Partha, por nome Ariana, morta ao dar-lhe o ser, foi recolhida e criada no próprio palácio do Procônsul."
(Excerto de Aventuras de Tomyris)
Índice:
Algumas palavras [Prefácio]. - Aventuras de Tomyris. - O Saltimbanco. - Amores que matam. - Ideal desfeito. - Episódio. - História de Alberto e de Graziela.
Mécia Mouzinho de Albuquerque (Leiria, 1870 - Lisboa, 1961). "Natural de Leiria, cidade na qual, segundo Agostinho Gomes Tinoco, nasceu a 2 de Dezembro de 1870, veio a falecer em Lisboa a 10 de Fevereiro de 1961. É nesta última cidade que parece ter desenvolvido grande parte da sua actividade no âmbito das Letras, já que não se conhece informação precisa acerca da sua participação na vida cultural da cidade de Leiria. Com textos que por vezes assina com o nome de Mência ou o pseudónimo de Zoleica, teve vasta participação na imprensa da época, na qual divulgou alguns dos seus textos poéticos e contos, nomeadamente na Mala da Europa, Ocidente, Jornal das Senhoras, Tarde e Novidades. Com uma produção literária que inclui os livros de contos A Sonâmbula (1918), no ano seguinte publicado em Madrid e mais tarde traduzido para o francês, e Aventura de Tomyris (1943), foi ao género poético que Mécia Mouzinho de Albuquerque mais se dedicou, publicando A Tecedeira (1914), Fragmentos Históricos (1917), Rainha e mártir (1920), Pela vida fora (1930), À guitarra (1932), Quinze anos depois (1937) e À luz do sol poente (1949). A esta autora são também atribuídas várias obras que ficaram inéditas, possivelmente produzidas nos últimos anos da sua vida, como Ao fim da estrada, Musa das prisões e Versos e Farpinhas, ou ainda Aventuras de Rudeguna.
Além dessa actividade literária, que inclui a tradução de obras do romancista Charles Oulmont, assim como do contista Edgar Allan Poe, e pela qual foi medalhada pelas sociedades “Gens de Lettres de France” e “Arts, Sciences et Lettres”, Mécia Mouzinho de Albuquerque destacou-se ainda pela sua ligação a obras de carácter social, como fundadora da Comissão Central de Subsídios e Rendas de Casa a Prisioneiros e Emigrados Monárquicos, em 1915, e da Iniciativa Particular da Luta contra o Cancro, em 1931."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=40&Itemid=122)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

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