19 junho, 2025

MARTINS, Capitão Dorbalino dos Santos & SEIXAS, Furmil Miguel Beirão de Almeida -
O COLEGINHO : breve resenha histórica.
Cadernos de História Mulitar N.º 12. Lisboa, Direcção do Serviço Histórico-Militar, 1990. In-8.º (20,5x15 cm) de 39 f. ; [1] f. il. ; [1] f. desdob. ; B.
1.ª edição.
Interessante trabalho sobre o Coleginho, "a primeira casa da Companhia de Jesus no mundo inteiro e o primeiro colégio para externos da Companhia, em Portugal", numa viagem histórica aos primórdios da Companhia entre nós.
Livro policopiado ilustrado com duas gravuras: em página inteira, com mapa da secção da cidade de Lisboa com o Coleginho assinalado; em separado, com um mapa desdobrável de generosas dimensões (29,5x35 cm): "Vista de Lisboa nos fins do século XVI", igualmente com a localização do colégio.
"Decorria o ano de 1540 e a epopeia dos descobrimentos já havia praticamente terminado. Nas terras recém-descobertas, a missionação avançava graças sobretudo à acção dos franciscanos e dos dominicanos. Já nesta data afligia a falta de pessoal evangelizador, quando D. João III recebe informações acerca de um novo instituto dedicado primordialmente à missionação: a futura Companhia de Jesus.
Mas num país de longa tradição católica teria lugar uma obra de missionação?  Aparentemente não. Como e onde se instala então a Companhia de Jesus em território nacional?
Era Principal do Colégio de S. Bárbara da Universidade de Paris, onde estudavam Inácio de Loyola e seus companheiros, o português Dr. Diogo de Gouveia. Por este motivo, o lente conhecia bem o fundador da Companhia. Mesmo após a partida dos sete companheiros para Itália, em finais de 1536, ele não lhes perdeu o rasto, tentando sempre saber novas acerca deles. Não é portanto de estranhar que Diogo de Gouveia, tendo tido conhecimento da conversão de sessenta mil indígenas malabares à fé católica, tenha escrito a D. João III para que tentasse atrair para a Índia os novos "soldados de Cristo" (os Jesuítas) que se encontravam sob as ordens directas do Papa. Para isso propunha que o contacto fosse feito ou por intermédio do Cônsul de Portugal em Veneza (onde se encontrava Inácio de Loyola com a intenção de irem para Jerusalém como peregrinos, o que só não aconteceu devido à guerra entre turcos otomanos e venezianos) ou do seu Embaixador em Roma, e que o próprio rei lhe escrevesse também. é esta carta que vai permitir a instalação da Companhia de Jesus em Portugal e determinar a sua futura e eminente obra missionária no Oriente e no Brasil."
(Excerto do Cap. I)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
20€

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