BESSA, Carlos - A LIBERTAÇÃO DE TIMOR NA II GUERRA MUNDIAL. Importância dos Açores para os interesses dos Estados Unidos : subsídios históricos. Pelo Académico de Número... Lisboa, Academia Portuguesa da História, 1992. In-4.º (25,5x19,5 cm) de 175, [9] p. ; [1] mapa desdob. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante estudo histórico sobre a ocupação de Timor durante a 2.ª Guerra Mundial e sua posterior libertação, e a relação que o interesse estratégico dos Estados Unidos nos Açores, teve para esse desfecho.
Valorizado pelo prefácio do Prof. Joaquim Veríssimo Serrão.
Livro ilustrado no texto com reprodução de documentos e quadros estatísticos, e fotografias a p.b. (em página inteira), e em separado, com um mapa desdobrável de Timor (25,5x30 cm).
"O livro do Senhor Coronel Carlos Bessa explica toda a trama dos episódios de 1941 a 1945, quando Timor passou a ser um dos teatro de guerra entre as potências em luta na II Guerra Mundial. A ilha não dispunha de grandes meios de defesa e nela o convívio das duas etnias era o exemplo de um oásis de paz no Extremo Oriente. Sem haverem recebido a autorização do Governo Português, tropas australianas e holandesas desembarcaram na ilha de 17 de Dezembro de 1941, a pretexto de a defender de um ataque nipónico. De imediato fez-se sentir a reacção do Doutor António de Oliveira Salazar, ministro dos Negócios Estrangeiros, que numa eficaz acção diplomática se opôs com a força do direito à injusta invasão. A Grã-Bretanha não tardou em reconhecer o atropelo cometido, aceitando a substituição das tropas invasoras por um corpo de forças portuguesas, o qual seguiu de Lourenço Marques e a 26 de Janeiro de 1942 desembarcou na ilha. Mas três semanas depois ocorria a invasão nipónica, que ocupou por inteiro a zona de Timor português, enquanto as tropas da Holanda e da Austrália se retiravam para a parte flamenga da ilha. [...]
Quase três anos durou o sacrifício da comunidade luso-timorense, sem que o Governo Português do tempo jamais a tivesse abandonado. A nossa diplomacia buscou apoios na Inglaterra e nos Estados Unidos, para impor os direitos de ordem internacional que nos eram devidos. O principal objectivo estava em garantir o reconhecimento da soberania nacional, logo que as circunstâncias políticas e militares a tornassem possível. Neste quadro se insere a importância estratégica dos Açores para apressar o fim do conflito. Sem trair os princípios da neutralidade de há muito assumido, o nosso país concedeu à Grã-Bretanha, no ano de 1943, facilidades para a utilização de bases naquele arquipélago. A 28 de Novembro de 1944, por meio de um acordo secreto assinado em Lisboa, era a vez dos Estados Unidos da América receberem outras facilidades para a sua aviação que descesse nos Açores. [...]
A trama global destes acontecimentos vem descrita na obra do Senhor Coronel Carlos Bessa, com a lógica articulação dos factos ocorridos nos planos diplomático, político e militar."
(Excerto do Prefácio)
Exemplar em brochura, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
20€



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