08 fevereiro, 2019

REPRESALIAS SOBRE PRISIONEIROS DE GUERRA. Correspondencia trocada entre a Commissão Internacional da Cruz Vermelha e o Governo Britanico. Londres, Eyre and Spottiswoode, Limited. 1916. In-8.º (18cm) de 14, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história dos prisioneiros da Grande Guerra.
"A Cruz Vermelha, a qual nos apraz dizer, muito tem progredido durante a presente guerra e largamente tem exercido entre os belligerantes, com a cooperação das potencias neutras, a sua benefica influencia, foi fundada com um objectivo - o da humanidade.
A sua creação foi inspirada pelo desejo de mitigar, até certo ponto, as cruezas da guerra, especialmente entre aquelles cujos ferimentos, embora sem serem fataes, os tivessem debilitado e incapacitado.
No decurso desta guerra, o vasto numero de combatentes tem produzido uma classe de infelizes de um typo, por assim dizer, novo, pois que se essa classe já antes existia, nunca chegou a attingir as suas actuaes proporções. Queremos referir-nos aos prisioneiros de guerra. Estes estão tambem invalidos, incapazes de resistir, e expostos á mercê do inimigo, que os forçou a render-se e supplicar lhes fossem poupadas as vidas.
O prisioneiro que consegue escapar incólume da batalha é certamente menos digno do que o soldado que foi ferido e se acha retido no leito do hospital. Comtudo, o captiveiro, esse exilio involuntario, longe da patria, longe dos seus, com os quaes só pode communicar raras e incertas vezes, combinando com o ocio forçado, produz torturas moraes que recrudescem á medida que a guerra se vai prolongando."
(Excerto da correspondência)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas e interior com manchas de oxidação.
Raro.
Com interesse histórico.
20€

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