20 janeiro, 2018

PORTO DA CRUZ, Visconde do - O TRAJO NO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA. [Pelo]... Da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas. [S.l.], Edição do Autor, 1954. In-8.º (22,5cm) de 15, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Interessante monografia sobre o traje madeirense.
Ilustrada com fotogravuras ao longo das páginas de texto.
"As Ilhas Atlânticas que formam o afamado Arquipélago da Madeira, descobertas por um feliz acaso, quando as naus portuguesas que seguiam com rumo à Guiné, sob o comando de Tristão Vaz e de João Gonçalves Zarco, fugiam à violência de terrível temporal, desde que Portugal as povoou e cultivou, logo chamaram as atenções e a cobiça dos demais Povos do velho mundo. [...]
Desde os começos do século XV até os meados do século XVI verifica-se, ao consultarem-se as crónicas e velhos documentos, que afluíram a estas paragens Povoadores de origens diversas. Desta variedade de elementos que, no entanto, iam sendo dominados e nacionalizados pela acção forte dos portugueses, resultou, como era inevitável, um «tipo» novo e original, com características próprias sem que se esbatess o o fundo lusitano, que ainda subsiste. [...]
Assim, todos os elementos que constituíram a base da população e de vida do Arquipélago da Madeira, formaram a grande fonte de riqueza, de variedade de costumes e do colorido originalmente típico que apresenta o Folclore madeirense.
Com os costumes medievos, que tão fundamentalmente se radicaram nestas Ilhas, nota-se em certos sectores da vida regional as reminiscências árabes e até um vago sabor levantino que se mantém nas danças, na música, nos hábitos, nos contos fantasiosos e até na bizarria dos trages."
(Excerto do texto)
Alfredo António de Castro Teles de Meneses de Vasconcelos de Bettencourt de Freitas Branco (1890-1962). "Nasceu a 1 de janeiro de 1890, no Funchal, onde veio a falecer a 28 de fevereiro de 1962. Foi 1.º visconde do Porto da Cruz, título legalmente autorizado por D. Manuel II, no exílio, em abril de 1921, e reconhecido pelo Conselho da Nobreza em 1949.
Foi jornalista, publicista, escritor, membro de várias associações culturais e um profícuo promotor da cultura madeirense. Fundou, dirigiu e colaborou em diversos periódicos de cariz político, literário e cultural. Ao longo da sua vida abraçou vários projetos, credos e ideologias: foi monárquico, integralista, regionalista, nacionalista, nacional-sindicalista, fascista, revelando ainda uma faceta germanófila e antissemita."
(Fonte: http://aprenderamadeira.net/cruz-visconde-do-porto-da/)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e regional.
15€

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