1.ª edição.
Ilustrada extra-texto com o retrato do autor de corpo inteiro.
Curioso manual vegetariano do início do século XX. Trata-se da rara edição original do 1.º trabalho do autor, obra precursora do movimento vegetarianista português. Contém inúmeras práticas e conselhos para uma vivência plena, saudável e natural, apoiada em conceitos que davam os primeiros passos na época, tendo o seu epicentro na cidade do Porto.
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"Encontrar-se-hão por estas páginas além muitos conselhos repetidos em muitas práticas de salubridade. O problema não é novo. Moralistas, filósofos e higienistas de todas as épocas teem pensado na melhor maneira de valorizar e não deixar perder a vida. A saúde é o único bem. O resto quási nada vale. Que importa ser um Cresus mas estar paralítico na cama? O caminheiro roto e quási nu, de povoado em povoado, pelos carreiros rústicos, pobre viandante, quanto mais saúde não tem do que a velha ricaça, gotosa e devota no seu gabinete todo tapeçaria, sentada na sua poltrona de veludo.
Com êste volume pretendemos contribuir para que a humanidade se oriente mais lógicamente na perfeição física da qual resultará maior moralidade. E as considerações que singelamente apresentamos, representam sobretudo muito amor íntimo, muito desejo de acertar para conseguir desfazer toda a ganga aderente ainda dos velhos preconceitos de higiene vulgarmente praticada ou melhor, erradamente dinfundida.
A medicina não tem razão de existir verdadeiramente. A higiene é tudo. E cada vez os médicos vão compreendendo ser assim a verdade. Curar é já um artifício. Impedir o mal, eis o objectivo a conseguir. Assim o homem habita em casas más, fuma, bebe e come o que não deve, respira o ar confinado, veste-se e calça-se ilógicamente. Resultado: minora a vida, cerceia-a, extingue-a antes do tempo funestamente. [...]
O género humano está decadente. O excesso de prazeres instiga o homem, a mulher e a criança para que, em poucos anos e miserávelmente, o aniquilamento surja. Devemos estimar a morte como natural mas só quando a máquina humana deixe de funcionar, gastos, pelo tempo, todos os elementos celulares e não provocada pela incontinência. Durante a mocidade, o homem desperdiça. Quando chega a velhice prematura quer readquirir o passado mas já não pode..."
(excerto do prólogo)
Matérias:
- A alimentação natural. - A Vida Natural. - Higiene Naturista nos climas quentes. - Higiene Individual. - Como se define alimento? - Como se deve comer. - A Supremacia do Frutos. - O jejum dietético. - O que se deve comer. - O Eden Moderno. - O Homem Normal. - O Homem e o Gorila. - A cura pelas uvas. - A Dieta Pura. - Vegetarismo. - A boca e os dentes. - O culto pela água. - Vantagens da água. - O exercício físico. - Como se pode obter a saúde. - Higiene do Intestino. - O Artritismo. - Higiene do Sono. - Higiene de Acordar. - A Emancipação da Mulher. - Devemos ter família? - A Educação da Vontade. - A Casa Higiénica. - Portugal, estação de Saúde. - Onde passar as férias? - Os perigos do tabaco. - «Mens sana in corpore sano». - Degenerescência. - A cura pela Natureza. - O Sistema Just. - O Sistema Kuhne. - O Sistema Kneipp. - O Sistema Fletcher. - O Sistema Muller. - O Sistema Lahmann. - O Sistema Rikli. - Vida Simples. - Ao Ar livre. - A cura da Tuberculose. - Como se prolonga a vida? - A luta pela existência. - A Vida e a Morte. - O problema da longevidade. - Como deter a morte. - Higiene da Maternidade. - Morte Serena. - As árvores frutíferas. - Decálogo do Centenário. - Regras da vida. - O triunfo do frugivorismo. - A caminho duma Nova Vida. - A Prática do Naturismo.
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(fonte: wikipédia)
Excadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Apresenta ligeiro desgaste do manuseio junto à lombada.
Raro.
Indisponível
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