13 janeiro, 2016

CONTOS E HISTORIAS. Illustrações de Roque Gameiro e Manuel Gustavo Bordallo Pinheiro. Lisboa, Empreza do Jornal O Seculo, 1897. In-8.º (18cm) de 199, [5] p. ; mto il.; E.
Capa de Roque Gameiro.
1.ª edição.
Colecção de 20 contos juvenis, na sua maioria de autores estrangeiros, profusa e superiormente ilustrados nas páginas do texto por Alfredo Roque Gameiro e Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
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"Era uma vez um rei, um certo rei da Lydia, chamado Créso.
Este rei, meus meninos, era tão rico, tão poderoso, tão opulento, que contar a infinidade dos seus cosinheiros, das suas cavallariças, das suas baixellas, dos seus palacios de cem janellas, e do ouro amoedado dos seus erarios, seria uma tarefa tão fadigosa e inutil, como contar as estrellas do ceu, ou as areias do mar.
Muito rico era este Créso, muito rico, mas tambem muito vaidoso da sua opulencia e dos seus palacios, em que os telhados de ouro resplandeciam ao sol."
(excerto de A opulencia e o philosopho, de Gomes Leal)
Alfredo Roque Gameiro (1864-1935). Conhecido pintor, foi também um importante aguarelista e ilustrador. Pretendeu seguir a carreira naval, mas, não o tendo conseguido fazer, empregou-se como aprendiz numa empresa litográfica, onde cedo demonstrou os seus dotes. Publicou com outros autores de renome da sua época – Rafael Bordalo Pinheiro, Columbano e Manuel de Macedo – uma série de litografias intituladas Tipos populares portugueses. Chegou a ser considerado como o primeiro aguarelista português. Os seus temas alargavam-se das paisagens às cenas da vida lisboeta, passando pelas suas célebres marinhas. Notabilizou-se também como retratista e ilustrador.”
Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920). Artista plástico português, filho de Rafael Bordalo Pinheiro. “A sua arte seguiu os mesmos trilhos que o seu pai, quer na caricatura quer na cerâmica, tendo obtido vários prémios como ceramista, cartoonista e desenhador de cartazes. A despeito das suas magníficas qualidades como caricaturista, confirmadas nas páginas de "A Paródia", "O António Maria” e na revista quinzenal O Gafanhoto (1.º herói dos "comics" infantis portugueses), Manuel sentiu que o seu futuro estava na olaria e, assim, dedicava todo o seu entusiasmo à Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.”
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva a capa de brochura frontal.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

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