08 julho, 2014

NOVO CATHECISMO SCIENTIFICO, COMPOSTO DE DOUTRINAS MUITO UTEIS A TODO O ESTADO DE PESSOAS, PARA BEM REGULAREM SUAS ACÇÕES. EXTRAHIDO, E CONFORME COM A SCIENCIA DOS COSTUMES, EM QUE SE TRATÃO RESUMIDAMENTE AS REGRAS MAIS PRINCIPAES, E NECESSARIAS A TODA A PESSOA PARA BEM VIVER, E SER FELIZ. POR HUM ANONIMO PORTUGUEZ. OFFERECIDO A SEUS COMPATRIOTAS PARA EDUCAÇÃO DA MOCIDADE. LISBOA: 1823. TYPOGRAPHIA PATRIOTICA. In-8º peq. (14cm) de 126, [2] p.
Curioso trabalho publicado sob anonimato, uma espécie de manual de bons costumes.
"Este Cathecismo consta de 15 Capitulos, como adiante se mostra, e estes de doutrinas uteis, claras, e necessarias a quem as não souber.
No fim destes se dá humas breves noções de virtudes moraes, que o homem pode adquirir pela frequencia de seus actos bons."
(introdução)
Matérias:
I. Obrigações, e officios do homem para com Deos.
II. Das obrigações do homem relativamente á Religião.
III. Das obrigações do homem para consigo mesmo.
IV. Das obrigações do homem para com os outros homens.
V. Das obrigações do homem para com os outros, em razão do dominio.
VI. Das obrigações do homem para com os outros em razão dos pactos, e contractos.
VII. Da Sociedade para que o homem nasceo.
VIII. Da Sociedade Conjugal, ou matrimonio.
IX. Obrigações dos que pertendem tomar o estado do matrimonio.
X. Das obrigações dos que contrahirão o matrimonio.
XI. Obrigações em razão da Sociedade paterna.
XII. Das obrigações dos filhos para com seus pais.
XIII. Das obrigações da Sociedade Senhoril.
XIV. Das obrigações do homem em razão da Sociedade civil em que vive.
XV. Das obrigações do homem na Sociedade Religiosa.
"O Estado, ou Sociedade Civil, deve ser considerada como mãi commum de todos os homens que nascem no gremio della: ella lhes deve proteção, e defeza não só quanto a vida, mas tãobem quanto aos direitos, que lhes competem como homens, e como Cidadãos.
Da mesma sorte cada hum dos ditos individuos deve considerar-se como membro da Sociedade, e devedor a ella de gratidão, e bom serviço: daqui provem a obrigação de amor, de fidelidade, e de prover o bem da Sociedade."
(excerto do prefácio)
"Matrimonio he hum contracto, pelo qual o homem, e a mulher habeis se abrigão a viver em perpetua Sociedade, para se amarem, para se ajudarem, e para bem educarem seus filhos. Este contracto conjugal, está explicado nas palavras acima ditas, deve ser contrahido sem impedimentos, e com obrigação de viverem em perpetua Sociedade, porque não podem contrahir o matrimonio só por tempo determinado, ou por determinado arbitrio delles; e isto he inegavel, ao menos por direito divino positivo."
(excerto do Cap. VIII, Da Sociedade Conjugal, ou matrimonio)
Exemplar desencadernado, aparado, em bom estado de conservação. Em falta uma folha do índice. Carimbo de biblioteca na f. rosto.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

Sem comentários:

Enviar um comentário