FREITAS, Frederico de - O FADO, CANÇÃO DA CIDADE DE LISBOA : suas origens e evolução. Lisboa, [Sociedade de Língua Portuguesa], 1973. In-4.º (23x16 cm) de 13, [1] p. (225-237 p.) ; E.
1.ª edição independente.
Interessante subsídio para a história do Fado, e sua implantação na capital do país.
Conferência proferida na sede da Sociedade de Língua Portuguesa em 7 de Junho de 1973. Separata da revista «Língua e Cultura», n.º 3, tomo III, Setembro-Dezembro de 1973.
"Falar do fado, das suas possíveis origens, não é coisa fácil, devido aos mal-entendidos que na generalidade informam os escritores que se lhe referem.
Querem uns que o fado provenha dos mouros que habitaram a Península; outros situam-no numa origem mais remota, dizendo-o derivar dos Celtas; por sua vez há também os que o julgam produto do período das Descobertas, pintando-se o quadro do nauta viajando sobre mares ignotos, sujeito aos ventos de um destino cheio de incertezas. Então, roído de saudades, da família e da terra que deixou, trocando-a pela aventura, futura sobre a dúvida que o atormenta - a de algum dia voltar - e assim, desse sentimento corroidor de nostalgia e angústia, teria nascido a triste canção do fado, saudosista e fatalista."
(Excerto do Ensaio)
Frederico Guedes de Freitas (Lisboa, 1902-1980). "Foi um compositor, chefe de orquestra, musicólogo e pedagogo português. Foi um compositor prolífico e eclético, tendo-se inspirado nas mais variadas vertentes da música. Foi também um inovador na Composição Musical, introduzindo em Portugal os métodos da Bitonalidade, Politonalidade, Atonalidade e Arritmia, ganhando a admiração de músicos como Maurice Ravel ou Igor Stravinsky, que adotaram também os mesmos métodos, muito depois de Frederico de Freitas. No domínio da composição musical, Frederico de Freitas deixou uma vasta obra que abarca praticamente todos os géneros musicais, incluindo a música para revistas, vaudevilles e operetas e partituras para cinema. Foi autor de estudos de musicologia, professor de música, diretor de orquestra, sócio fundador n.º 11, em 1925, da cooperativa anónima de responsabilidade limitada SECTP, a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, a qual só em 1970, com a revisão dos estatutos, passou a chamar-se SPA, a atual Sociedade Portuguesa de Autores, dado abranger todas as áreas da criação intelectual. Na data do seu falecimento, era Presidente de Honra da SPA, a qual, em 1981, atribuiu ao seu auditório, inaugurado em 1975, o nome de Auditório Maestro Frederico de Freitas."
(Fonte: Wikipédia)
Encadernação inteira de pele, com cercadura e ferros gravados a ouro na pasta frontal. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Texto sublinhado com notas manuscritas a tinta.
Raro.
Com interesse histórico.
35€
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