BOMBARDA, Miguel – A SCIENCIA E O JESUITISMO : Replica a um
Padre Sabio : por… Socio Effectivo da Academia Real das Sciencias, Lente de
Physiologia da Escola Medica de Lisboa, Director do Hospital de Alienados de
Rilhafoles. Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira (Livraria Editora), 1900.
In-8º grd. (22cm) de [8], 191, [9] p. ; E.
“Manuel Fernandes, padre jesuíta, creatura temente a Deus e
regalada de virtudes christãs, desfaz-se no Correio
Nacional em impetuosa fusilaria de insolências, sob pretexto de combater um
livro que a seu momento foi preciso – A Consciencia e o Livre arbitrio. É a
velha manha theologal de tentar ensurdecer a voz da verdade no tumultuar d’uma
disputa reles atufada de insultos e impropérios…” (excerto do texto)
Miguel Augusto Bombarda (1851-1910). “Nasceu em 1851 no Rio
de Janeiro. Foi médico do Hospital de S. José, em 1892, director do Hospital
de Rilhafoles e professor, desde 1880, da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
Como médico dedicou-se principalmente às doenças do sistema nervoso, especializando-se
em Psiquiatria. Participa também no lançamento das campanhas de prolifaxia
contra a tuberculose. Só em 1908 entrou na política activa, como deputado,
afecto ao então presidente do Conselho, Ferreira do Amaral. Mas as suas fortes
convicções liberais e anti-clericais aproximam-no rapidamente da Junta Liberal,
de que se torna um dos mais destacados dirigentes, e do Partido Republicano, a
que adere formalmente pouco antes da implantação da República, sendo eleito
deputado nas suas listas. Miguel Bombarda foi um dos principais dirigentes da
revolução republicana, com o especial encargo de proceder à distribuição de
armas por grupos civis, estando prevista a sua participação no assalto ao
quartel de Artilharia 1, em Campolide. No dia 3 de Outubro, Miguel Bombarda foi
alvejado a tiros de revólver por um oficial do exército, antigo aluno dos
colégios da Companhia de Jesus, que o procurou em Rilhafoles. Transportado para
o Hospital de S. José, foi operado, 'depois de ter mandado queimar à vista uma
carta que trazia na carteira' e falado com Brito Camacho, mas não resistiu à
operação, entrou em coma e faleceu cerca das 6 da tarde. A morte de Miguel
Bombarda provocou especial indignação junto do povo de Lisboa, para quem se
tratava de um 'atentado reaccionário'. A República organizou as suas exéquias,
homenageando-o como um dos seus principais inspiradores.”
Encadernação em meia de pele com dourados na lombada; sem
capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação; apresenta desgaste na
lombada.
Raro.
Indisponível
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