28 julho, 2012

COSTA, General Gomes da – A GUERRA NAS COLÓNIAS : 1914-1918. Portugal na Guerra. Lisboa, Portugal-Brasil, [1925]. In-8.º (19cm) de 255, [13] p. ; B.
1.ª edição.
“Este livro é o registo summario das campanhas que de 1914 a 1918 fizemos nós, Portuguezes, nas duas costas Africanas. Não é um livro d’acusações; menos, ainda, de insinuações; não é um livro de escandalo, nem de odio. É apenas o registo d’uma lição severa e que é preciso aproveitar. Narramos sucintamente as negociações que precederam a nossa entrada na guerra, tal como vem nos livros que o Governo apresentou ao Parlamento; narramos os sucessos d’Africa, como chegaram ao nosso conhecimento quando ali estivemos em 1918, e não constituem segredo para ninguem. […] Numa republica onde os homens que se sucedem no poder, mal teem tempo para tomar posse, e logo se vão embora, é indispensavel que as instituições prevejam e remedeiem os inconvenientes resultantes, em tempo de guerra dessa instabilidade… […] A lição dos factos, em paizes de gente inteligente e hábil, è sempre proveitosa: que a lição que as campanhas d’Africa nos fornece sirva tambem, entre nòs, , para se tratar a sério da organização militar do Continente e das Colonias, preparando o Exercito para o seu fim exclusivo, para a missão mais levantada e mais nobre do homem, – a Guerra! (excerto da introdução Ao Exercito
Manuel Oliveira Gomes da Costa (1863-1929). Presidente da República e do Ministério, comandante da 1ª Divisão do CEP. Nasceu em 14 de Janeiro de 1863 e faleceu em 17 de Dezembro de 1929. Ingressou no Exército em 1880 e cinco anos depois foi promovido a alferes. Após uma curta passagem pela Guarda Fiscal (1887/89) partiu para a Índia como ajudante do Governador-Geral, já como tenente. Distinguiu-se nas operações militares contra os rebeldes indianos. Depois de uma breve estadia na metrópole, em finais de 1895, partiu no ano seguinte para Moçambique onde também se destacou nas campanhas de pacificação e de ocupação que se seguiram à prisão e queda de Gungunhana. Após o seu regresso em 1900, e até 30 de Janeiro de 1917, data em que partiu para França comandando a 1ª Divisão do CEP, prestou serviço em Angola, S. Tomé e Príncipe, na metrópole e novamente em Moçambique. Promovido a general em 8 de Maio de 1918 e regressado a Portugal em Novembro desse ano iniciou depois uma crescente intervenção política, nomeadamente em 1921, insatisfeito e ressentido com os políticos que governavam o País no pós-guerra. O seu crescente intervencionismo e crítica pública do Governo levaram este a afastá-lo através do seu envio numa missão à China e à Índia (1922/24), mas este afastamento não impediram Gomes da Costa de continuar a criticar duramente o Governo e por fim de aceitar chefiar o golpe militar perpetrado em 28 de Maio de 1926. Depois de conseguir sobrepor-se a Mendes Cabeçadas, o chefe nominal do golpe, passou a chefiar o Governo e a ocupar a Presidência da República (26 de Junho a 9 de Julho de 1926). Porém, por pouco tempo, pois Sinel de Cordes, outro chefe militar que esteve por detrás do golpe, afastou-o do poder, em 9 de Julho de 1926, deportando-o, sob prisão, para os Açores, donde regressou em Novembro de 1927, com a distinção honorífica de marechal, mas numa altura em que tinha perdido por completo o protagonismo político que havia alcançado poucos anos antes.” (www.primeirarepublica.org)  
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Restauro com fita gomada na parte superior da lombada.
Muito invulgar
Com interesse histórico. 
Indisponível

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