21 março, 2023

SAMODÃES, Conde de - O MEZ DOS FINADOS.
Meditações para todos os dias do mez de novembro. Com approvação do Ex.mo e Rev.mo Snr. Cardeal Bispo do Porto. Porto, Editor - José Fructuoso da Fonseca, [1888]. In-8.º (18,5 cm) de 224 p. ; E.
1.ª edição.
Obra dedicada pelo Conde de Samodães ao Cardeal Dom Américo, Bispo do Porto.
Segundo o autor, trata-se de "um manual de exercicios para suffragar as almas", ideia e desígnio imperioso por, segundo ele, nesse ano de 1888, "ter visto partir d'este  mundo pessoas que muito amava e a que me uniam laços apertados", representando o "manual" um meio de "procurar consolações".
"O anno quinquagessimo do sacerdocio de Sua Santidade o Papa Leão XIII, felizmente reinante, no meio dos jubilos e festas que o anniversario da ordenação do Supremo Hierarcha despertou em todo o orbe catholico, não se esqueceu o Pastor Maximo, das almas, que expiam as suas culpas no logar que a divina Providencia destinou para a purificação.
Declarando santos alguns dos mais vigorosos e denodados athletas da fé e das virtudes heroicas, o Santo Padre quiz tambem que se aliviassem por modo especial as almas dos que morreram na paz do Senhor. Assim um dia para geral expiação em toda a terra, dispensando todos os ritos, para que a missa da ultima dominga de setembro fosse para suffragar as almas do Purgatorio, sendo todos os altares privilegiados n'esse dia. A caridade ardente, que inclinou o animo do Chefe visivel da Egreja para aquelles que soffrem as penas da expiação, querendo que elles tambem participassem dos jubilos, que vão no mundo, por occasião do jubileu sacerdotal, faz voltar singularmente as attenções para o exercicio salutar e caridoso de implorar a divina Misericordia em favor dos fieis, que nos precederam no derradeiro trajecto."
(Excerto da Introducção)
Francisco de Azeredo Teixeira de Aguilar, 2.º Visconde e 2.º Conde de Samodães (Vila Nova de Gaia, 26 de Julho de 1828 - Porto, 4 de Outubro de 1918). "Bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra, Professor, Engenheiro Civil e Militar, Presidente da Câmara Municipal do Porto. Foi também um conhecido escritor. Em 1851, como resultado da oposição ao golpe militar liderado pelo duque de Saldanha, foi demitido do exército. Eleito deputado pelo círculo de Lamego em duas legislaturas (1851 e 1857), ascendeu em 1858 à Câmara dos Pares por direito de sucessão a seu pai. Foi Governador Civil do Porto (1868-1869 e 1871) e ministro dos Negócios Fazenda (1868-1869), no governo presidido pelo marquês de Sá da Bandeira. Membro fundador do Partido Nacionalista, a sua atuação revelou-se preponderante, tendo sido eleito vice-presidente do Centro Nacional do distrito do Porto (1902) e vice-presidente do Centro Eleitoral Nacionalista do Porto (1903). Desempenhou ainda funções de inspetor da Academia das Belas-Artes, de presidente da Associação Católica do Porto e de provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Foi presidente da direção da Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal, presidente da Sociedade Camoniana, presidente da Sociedade de Estudos e Conferências e fez parte do Conselho Superior de Instrução Pública e da Comissão Promotora do V Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique. Colaborou em diversos jornais e revistas, tendo sido fundador e diretor do diário portuense A Palavra."
(Fonte: Wikipédia)
Encadernação simples em meia de percalina com título colado na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Pastas cansadas, com defeitos.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar no seu acervo.
Indisponível

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