26 março, 2023

BELCHIOR, Maria de Lourdes -
SEBASTIÃO DA GAMA: POESIA E VIDA.
[Por]... Professora da Faculdade de Letras de Lisboa. Castelo Branco, Câmara Municipal de Castelo Branco, 1961. In-8.º (20,5 cm) de 20, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante subsídio para a vida e obra do poeta azeitonense. Conferência proferida pela autora sobre o malogrado vate no Liceu Nun'Álvares, em Castelo Branco, no dia 26 de Novembro de 1960, a convite da Biblioteca Municipal.
"«Nunca estive tão feliz. Nunca tive tanta confiança na vida. Nunca amei tanto as coisas - e até a doença, benefício e Deus ou continuação de um benefício, aquele que me isolou na Arrábida para nascer Poeta, para escrever o Cabo da Boa Esperança».
Assim se confessava, feliz e poeta, Sebastião da Gama, no verão de 1947. Tinha pronto o Cabo da Boa Esperança: «o meu livro novo que é uma cópia dos meus vinte e dois anos bem merecidos». [...]
O livro novo de Sebastião da Gama era, segundo o poeta, uma cópia dos seus vinte e dois anos bem merecidos; de facto, a palavra cópia é rigorosamente adequada; não conheço, entre os poetas dos nossos dias, caso tão flagrante de ajuste tão certo entre Poesia e Vida. Sebastião da Gama viveu, quotidianamente, hora a hora a sua Poesia; na sua vida não houve fronteiras entre o labor do homem e o labor do poeta; Sebastião da Gama recebia todos os dias, a todo o instante, aquele suplemento de alma que só por momentos é dado a alguns; dir-se-ia que a Vida a encarava sempre, poèticamente, e como o poeta a vivia; não houve divórcio ente a Poesia e Vida, no agir e Sebastião da Gama."
(Excerto da alocução)
Maria de Lourdes Belchior Pontes (1923-1998). "Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1946, e doutorou-se na mesma faculdade em 1953. Criou o Departamento de Filologia Românica da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e contribuiu para o nascimento da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Em 1996 e 1998, respetivamente, as referidas instituições agraciaram-na com o título de Doutor Honoris Causa. Como ensaísta, salientam-se as suas obras O Estruturalismo (1968) e Os Homens e Os Livros (1971). Como poetisa, escreveu Gramática do Mundo (1985) e Cancioneiro para Nossa Senhora: Poemas para Uma Via Sacra (1988). Desempenhou diversos cargos públicos. Foi presidente do Instituto de Alta Cultura e secretária de Estado da Cultura e Investigação Científica (1974). Lecionou em universidades estrangeiras, como Santa Barbara (Califórnia, Estados Unidos da América) e Sorbonne (França). Foi diretora do Centre Culturel Portugais da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, entre 1989 e 1997."
(Fonte: https://gulbenkian.pt/historia-das-exposicoes/entities/10381/)
Exemplar brochado em bom estado de consetrvação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e biográfico.
15€

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