12 dezembro, 2017

PINA, Luiz de - IDENTIFICAÇÃO HUMANA EM PORTUGAL. HISTÓRIA E REALIZAÇÕES. Extracto do Arquivo da Repartição de Antropologia Criminal, Psicologia Experimental e Identificação Civil do Pôrto : Vol. IV, Fascículos 1.º e 2.º - 1936. Pôrto, Tip. da Enciclopédia Portuguesa, L.ᴰᴬ, 1936. In-4.º (23,5cm) de 28 p. ; B.
1.ª edição independente.
Curioso estudo biométrico sobre a identificação humana em Portugal e no estrangeiro, ilustrado com diversos casos nacionais e internacionais ao longo da história.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao conhecido escritor e publicista Tude Martins de Sousa.
"Não podendo historiar largamente a identificação judicial no estrangeiro , lembro sòmente que os seus primórdios se encontram nos singelos métodos de identificação morfológica e descritiva de casos antigos, como o de Martin Guerre, desaparecido em 1550 e aparecido 8 anos depois, voltando ao lar que deixára e gerando dois filhos na mulher que o reconhecera como seu marido. Porém, provou-se ser um estrangeiro impostor, pelos processos de identidade, aliás curiosos, do tempo; por isso foi queimado em 1560.
Tratava-se de Arnaldo Dutille, destronado naquela família pelo verdadeiro Martin, que apareceu vivo e são! [...]
Mas, façamos um pouco de história. Embora não tivesse ainda oportunidade de lê-los, os Regimentos que os capitães das naus portuguesas de quinhentos e seiscentos levavam, começavam por ordenar o alardo da gente, depois de recolhidos em Restelo, e o registo minucioso de cada pessoa com o seu nome, alcunha, estado, filiação, naturalidade e outros elementos de identificação, diz-nos o historiador Jaime Cortesão. São, como se depreende, os primeiros registos de identificação prática. Naturalmente, o mesmo se passava com a arregimentação dos soldados, o arrolamento dos presos, etc. [...]
Entremos agora na história mais chegada aos nosso tempos. Em 21 de Setembro de 1901 (Diário do Govêrno do mesmo mês e ano) era publicado um decreto sôbre o Novo Regulamento das Cadeias que, em seu artigo 77.º dizia: haverá nas cadeias um posto anthropometrico destinado não só ao estudo da anthropologia criminal, mas tambem a auxiliar os serviços policial e dos tribunaes na verificação exacta, tanto quanto possível, da identidade dos indivíduos que n'ellas derem entrada, ou forem detidos pelas autoridades administrativas ou policiaes."
(excerto do estudo)
Luís José de Pina Guimarães (Lisboa, 1901-1972). "Foi um médico, professor universitário e político português. Luís José de Pina Guimarães nasceu na cidade de Lisboa a 24 de Agosto de 1901. Concluiu na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra os estudos preparatórios médicos vindo a licenciar-se (1927) e depois a doutorar-se (1930) na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Nesta faculdade ocupou o lugar de assistente de Anatomia (1927), professor auxiliar de Medicina Legal, História da Medicina e Deontologia Criminal (1931) e de professor catedrático de História da Medicina e Deontologia Profissional (1944). Para além da docência foi Procurador-vogal do Centro de Estudos Demográficos do Instituto Nacional de Estatística, vogal da Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais, vogal da Comissão Nacional de História das Ciências, Vice-presidente do Conselho Regional da Ordem dos Médicos (1942-1944), Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (1953-1955), diretor do Instituto de Criminologia do Porto e foi também o primeiro diretor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1961-1966)."
(fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito interessante.

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