02 maio, 2013

MALHEIRO, Alexandre – O FILHO DO MORGADO (aventura d’um caloiro). Porto, Magalhães & Moniz, L.da, 1909. In-8º (19cm) de 220, [2] p. ; B.
1ª edição.
Romance de “capa e batina” dos tempos de Coimbra.
“Vou contar-vos, querido leitor, a aventura d’um caloiro: caloiro que foi, já se vê, que o foi ha uns bons vinte anos, e que hoje é, nada mais nem menos, que um distinctissimo medico de provincia, a quem tive de pedir a competente licença para o trazer para aqui.
Não me foi muito dificil obter essa licença, sob promessa minha – é claro – de respeitar as devidas conveniências, com uma inteira substituição de nomes de pessoas e logares. Até, quanto aos logares, o habil clinico de mim exigiu a mais absoluta reserva; mas neste ponto, vi-me obrigado a desobedecer-lhe: transferida esta aventura para fóra de Coimbra, onde teve logar, seria tirar-lhe, de todo, o sabor.
Coimbra, essa terra de sonho, esse grato desterro da mocidade, como tão propriamente lhe chama a velha quadra popular; essa linda cidade, com os seus estudantes especiaes, com as suas adoreveis tricanas, esses typos inconfundiveis de de meiguice e intelligencia; com as frescas sombras do seu poetico choupal, por sob cujas elevadas ramarias se escoa, silenciosa, a melancólica corrente do Mondêgo…” (excerto de prefácio)
Alexandre José Malheiro Madeira (1870-1948). Militar e escritor. “Nasceu em Martim, do concelho de Murça, em 1870, falecendo em Lisboa, em 1948. Seguiu a carreira militar, a partir de 1889, chegando ao posto de General. Concluiu o Curso de Oficial de Infantaria e foi promovido a Alferes em 1893, a Capitão em 1906 e a General em 1932. Durante a I Guerra Mundial comandou a 6ª Brigada de Infantaria do Corpo Expedicionário Português, em França. Participou na Batalha do 9 de Abril, ficando prisioneiro dos alemães. Foi libertado em 1918 com o armistício. Regressado a Portugal desempenhou os cargos de Comandante da Escola Central de Oficiais, de Inspector de Infantaria da lª e 2ª Regiões Militares, Comandante Geral da Guarda Fiscal e de Inspector Geral Interino dos Fósforos. Recebeu algumas das mais importantes condecorações: Grã Cruz da Ordem de Aviz, Medalha da Vitória e do Oficialato de Santiago.”
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

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