08 maio, 2013

BASTO, L. A. Xavier de – DISCURSO PROFERIDO NA SESSÃO INAUGURAL DO GRÉMIO DOS COMBATENTES PELA REPÚBLICA NO SALÃO NOBRE DO TEATRO DE S. CARLOS EM 4 DE OUTUBRO DE 1925. Prefaciado pelo Dr. Agostinho Fortes. Lisboa, Grémio dos Combatentes pela República, 1926. In-8º (21cm) de 42 p. ; B.
Vibrante discurso de fervor republicano proferido por Xavier de Basto na inauguração solene do Grémio dos Combatentes pela República, poucos dias depois da absolvição dos revoltosos do 18 de Abril.
“[…] O que há dias ocorreu na Sala do Risco é o maior desprestígio da República Portuguesa. Não é o desprestígio da ideia republicana, que essa é intangível, mas o desprestígio das instituições que a República ainda conserva. […] Só o Congresso, ou a Fôrça, quando triunfante e respeitando o espírito do Povo, são soberanos para destituir os Governos legais. […] Um Tribunal que absolve, pura e simplesmente, réus confessos, orgulhosamente confessos, do crime de rebelião, é um Tribunal que ataca o Estado que o nomeou e conserva e mantem, é um Tribunal – cúmplice dos réus que julga.”
(excerto do discurso)
“Não podia ter sido melhor a escolha [de Xavier de Basto], di-lo de forma mais categórica a bela peça oratória que antecede. […] Na assistência, que enchia por completo a grande sala e galerias, sobressaíam muitas senhoras e viam-se os srs.  doutores: Domingos Pereira, presidente do Ministério, João Camoesas, ministro da Instrução, general Alves Roçadas, comandante da Divisão, coronel Estevão Águas, comandante da Guarda Fiscal,; militares que tomaram parte no 31 de Janeiro; oficiais da Marinha…
O sr. Xavier de Basto proferiu o brilhante discurso agora publicado, que a assistência consagrou com os seus constantes aplausos e ao qual o ilustre professor sr. dr. Agostinho Fortes presta a merecida justiça nas suas palavras preambulares. […] Com a poesia Á Mocidade, de Guerra Junqueiro terminou a sessão, que ficará memorável nos anais do Grémio dos Combatentes pela República, cujos dirigentes continuarão, sem desfalecimentos, a obra patriótica a que se abalançaram, sempre com a mesma fé a animá-los e bem convencidos que jamais poderão ser sufocados movimentos revolucionários com conferências ainda as mais primorosas.
Nunca a retórica conseguirá encravar armas de fôgo…
(excerto da nota final de Gomes de Carvalho)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

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