14 maio, 2011

VIEIRA, Padre Antonio – SERMOENS // DO // P. ANTONIO VIEIRA, // DA COMPANHIA DE IESU. // Prégador de Sua Alteza. // PRIMEYRA PARTE // DEDICADA // AO PRINCIPE, N. S. // [Gravura em madeira com o trigrama cristológico da Companhia de Jesus inscrito em coroa de flores] // EM LISBOA. // Na Officina de IOAM DA COSTA. // M.DC.LXXIX. // Com todas as licenças & Privilegio Real. In-8º (20cm) de [24] p. ; 1118 colunas (2 p/ p.) ; [109] p. inums ; E.
Edição princeps da primeira parte (vol. I) dos Sermões
Contém, no início, 3 textos do Pe. António Vieira – a Dedicatória ao Príncipe, um Preâmbulo dirigido ao leitor e uma Lista dos sermões impressos em várias línguas, com o nome do autor, em que distingue os autênticos dos que lhe são indevidamente atríbuidos – segue-se a Aprovação do “Muito Reverendo Padre Mestre Frey Joaõ da Madre de Deos (…) Prégador de S. Alteza”, as Licenças, a Errata em 2 coln., tendo ao alto “Erratas, Que se haõ de emmendar antes de ler, porque variaõ o sentido.”, a Lista dos “Sermoens que contem esta Primeyra Parte” e o Alvará a favor do autor, por 10 anos, de 39.09.1679 e, depois os tít.; Sermaõ da Dominica da Sexagesima (1); Sermaõ primeyro de quarta feyra de cinza (87); Sermaõ do Santissimo Sacramento em Santa Engracia (143); Sermaõ de N. Senhora da Luz (229); Sermaõ da terceyra quarta feyra da Quaresma (299); Sermaõ de Santo Ignacio (365); Sermaõ da terceyra dominica da Quaresma (449); Sermaõ do Santissimo Sacramento no Carnaval de Roma (559); Sermaõ da quinta quarta feyra da Quaresma (609); Sermaõ de N. Senhora de Penha de França (693); Sermaõ no sabbado quarto da Quaresma (759); Sermaõ das Lagrymas de S. Pedro (843); Sermaõ do Mandato (901); Sermaõ da Bulla da Santa Cruzada (961); Sermaõ segundo de quarta feyra de cinza (1039)
"Os Sermoens são a obra pela qual o Padre António Vieira (1608-1697) ficou conhecido, sendo depois considerado por suas prédicas impressas o “Imperador da língua portuguesa”, na expressão recorrentemente lembrada de Fernando Pessoa. Em vida, os Sermoens circularam impressos simultaneamente tanto como sinal da sua autoridade e fama de pregador, como veículo de afirmação dessa autoridade – sua e, por decorrência, da ordem jesuítica.* Teriam sido impressos, segundo consta em cartas, contra sua própria vontade, a pedido de seus superiores de ordem, para servir como modelo de pregação. Não obstante, como ele indica no prefácio do primeiro tomo [o presente], também começou a organizá-los para combater os volumes não autorizados que foram editados em castelhano, impressos já na década de 1660 e que circularam não só na península Ibérica e na Europa, mas eram a versão lida em muitos lugares das Américas. Sinal do prestígio do pregador e da sua importância como modelo de sermonista, estas edições foram feitas à sua revelia, sem a sua autorização, por meio de cópias falhas ou mesmo de textos “alheios”, inventados, alguns completamente diferentes do que havia proferido. Por isso, a importância de ordenar, rever e preparar para edição os seus sermões, segundo os seus critérios, para defesa da sua autoria sobre aqueles textos. Os Sermoens começaram a sair em 1679, quando ainda estava em Lisboa, e o último volume organizado por ele que veio a lume [12º] foi dado à estampa um ano após sua morte em Salvador, na Bahia.
*O sermão no séc. XVII, e talvez em grande parte do período moderno, era um dos principais meios de comunicação, circulação de informações e de doutrinamento das populações cristãs na Europa e no Novo Mundo. (Luís Filipe Silvério Lima, professor de História Moderna da Universidade Federal de São Paulo)
Encadernação coeva inteira de pergaminho, sólida; miolo em bom estado; páginas limpas.
Exemplar em bom estado geral de conservação, apresenta, no entanto, sinais de antiguidade; margens algo fragilizadas nas primeiras páginas; frontispício com pequena falha de papel à cabeça; 6 folhas do índice com falha de papel à cabeça afectando marginalmente o texto.
Raro
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Peça de colecção.
Indisponível

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