VILLIERS, Alan - A CAMPANHA DO ARGUS : uma viagem na pesca do bacalhau. Introdução de Álvaro Garrido, Historiador e Director do Museu Marítimo de Ílhavo. [2.ª Edição corrigida]. Lisboa, Cavalo de Ferro, 2006. In-4.º (23,5x16,5 cm) de 383, [1] p. ; il. ; B.
Clássico da literatura portuguesa sobre a pesca longínqua - a faina do bacalhau.
Livro ilustrado com um desenho do navio (em duas páginas), mapas e inúmeras fotografias do autor.
"Numa escrita límpida e envolvente, este oficial da Armada australiana, presença assídua nas páginas do National Geographic Magazine do segundo pós-guerra como repórter das «coisas de mar», escreveu uma narrativa de viagem de um dos mais belos veleiros da frota bacalhoeira portuguesa, o Argus. A projecção internacional do livro foi tal que teve tradução em mais de uma dezena de línguas."
(Fonte: Liv. Bertrand)
"Nos meses sombrios do Outono de 1951, as montras dos principais livreiros de Londres e Nova Iorque exibiam um novo livro do mais afamado «escritor marítimo» da época. The Quest of the Schooner Argus, de Alan Villiers. Através do título, só os leitores afeiçoados às relíquias da vela podiam supor que a narrativa fosse dedicada a um navio bacalhoeiro português. Já o subtítulo tornava mais precisos o tema e o género: A Voyage to The Banks and Greenland remetia para uma crónica de viagem, um género clássico da literatura de marítima universal.
O Argus era um lugre belo e imponente, de quatro mastros, à semelhança dos veleiros que o autor australiano mais apreciava. Navio de casco de aço, provido de motor auxiliar, podia carregar oitocentas toneladas de bacalhau. [...]
Ano após ano, o Argus fez-se ao Atlântico para «trazer à pátria o pão dos mares». Cumpriria a sua derradeira campanha de pesca nos bancos da Terra Nova e da Gronelândia em 1970. Devido à crónica de Alan Villiers, o Argus tornou-se o mais conhecido navio bacalhoeiro português no estrangeiro Com carinho e retórica, o escritor chamava-lhe o «Queen Elizabeth» da frota bacalhoeira portuguesa. [...]
Ilustrado com belas fotografias do próprio autor, o novo livro do comandante Villiers não enjeitava um sentido de documentário, de «descoberta» e divulgação da última actividade económica que fazia uso da navegação à vela em viagens transoceânicas: a pesca do bacalhau por homens e navios portugueses."
(Excerto da Introdução)
Alan John Villiers (1903-1982). "Nasceu em Melbourne, na Austrália, em 1903. Oficial de Marinha e repórter de temas marítimos, granjeou fama no National Geographic Magazine e em diversos jornais australianos e britânicos. Fascinado pela vela transatlântica, realizou filmes documentais e escreveu mais de uma dezena de crónicas de viagens marítimas. Editados na Grã-Bretanha e nos EUA, os seus livros conheceram traduções em diversas línguas. Em 1951 deu a conhecer ao mundo a pesca do bacalhau por homens e navios portugueses. The Quest of the Schooner Argus, cuja tradução portuguesa saiu no mesmo ano, foi das suas principais obras, certamente a mais divulgada no estrangeiro, mercê dos esforços do aparelho de propaganda salazarista. Resultado de uma encomenda das autoridades portuguesas, o livro narra uma campanha de pesca do lugre Argus nos tempos áureos da pesca à linha com dóris de um só homem."
(Fonte: Liv. Bertrand)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
15€