30 julho, 2022

DIARIO DA JUNTA GOVERNATIVA DO REINO DE PORTUGAL.
Colecção completa (N.os 1 a 16 - 19 de Janeiro a 13 de Fevereiro de 1919). Reprodução zincográfica
. Porto, J. Pereira da Silva - Editor, 1919. In-8.º (21,5 cm) de [40] p. ; B.
1.ª edição em livro.
Edição fac-símile do Diario da Junta Governativa do Reino de Portugal, (15 números publicados + 1 número impresso, mas que não chegaria a circular), - orgão de informação do directório chefiado por Henrique de Paiva Couceiro que, com forças leais ao seu projecto político, havia proclamado a monarquia na cidade do Porto.
"A reprodução zincográfica do Diário da Junta Governativa do Reino de Portugal, constitui um dos elementos mais importantes para a história da restauração monárquica no Norte do país. Poucos conseguiram coleccionar até ao penúltimo número, e raríssimos até ao n.º 16, - que não chegou a ser distribuído - êste repositório interessantissimo de documentos históricos, onde a orientação dos restauracionistas mais vivamente se afirmou.
A impressão do Diário da Junta Governativa do Reino de Portugal, foi feita em três tipografias e em diferentes formatos: os n.os 1 a 3, na tipografia do jornal «A Pátria!», com a designação de «Tipografia Nacional», e os n.os 4 a 7, na «Tip. Mário Antunes Leitão», com as dimensões de 0m,47x0m,35, e os n.os 8 a 16, na «Empreza Gráfica A Universal», conservando estas últimas dimensões, excepção feita do n.º 16 (último) que tem 0m,45x0m,34."
(Introdução)
"A 19 de Janeiro de 1919, Domingo, foi proclamada no Porto a Monarquia, tendo como seu chefe Paiva Couceiro e muitos militares monárquicos, tendo esta proclamação sido seguida em muitos pontos do país, mas principalmente no Norte.
A Monarquia é restaurada no Monte Pedral, no Porto, onde as tropas monárquicas em parada ouvem a proclamação monárquica, lida por Satúrio Pires, fiel apoiante e grande amigo do capitão Paiva Couceiro. [...]
Às 17 horas, na sala de reuniões da Junta Geral do Distrito, tomou posse a Junta Governativa do Reino, com a presença do representante da Diocese do Porto, reverendo D. Teófilo Salomão, que receberia o juramento dos membros da Junta.
Foi então criado o Diário da Junta Governativa do Reino de Portugal. Neste jornal seriam publicados todos os decretos da Junta, reguladores da vida política, social e económica dos portugueses, fixando preços, feriados, o regime político, nomeações de oficiais e funcionários do estado, abolição do escudo, abolição do registo civil, requisição de veículos com «motor de explosão» e a regularização das relações com a Igreja. Num deles era publicado o decreto de abolição da República e recuperada a Carta Constitucional Portuguesa de 29 de Abril de 1826, e noutro era restabelecida como oficial a Religião Católica e Apostólica Romana."
(Fonte: Pereira, Pedro Marçal Vaz - Monarquia do Norte. A Guerra Civil entre Monárquicos e Republicanos : Onde Dois Governos Governaram Portugal Durante Três Semana, 2016)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Ex-libris de António Manuel Lobão de Mascarenhas no verso da capa.
Raro.
Com interesse histórico.
Peça de colecção.
35€
Reservado

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