15 dezembro, 2015

CURIE, Mme Pierre - LA RADIOLOGIE ET LA GUERRE. Par... Professeur à la Sorbonne. Avec 11 figures et 16 planches hors texte. Paris, Librairie Félix Alcan, 1921. In-8.º (16,5cm) de [4], 143, [1] ; [6] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada no texto e em separado.
Obra que traduz o esforço de guerra de Marie Curie através da utilização dos RX nos campos de batalha, para um melhor diagnóstico e rápido tratamento dos soldados feridos.
"Parmi toutes les applications de guerre de la radiologie, c'est la localisation des corps étrangers, balles ou éclats d'obus, qui a excité le plus vivement l'intérêt du public aussi bien que celui des spécialistes chargés des examens radiologiques. Cet intérêt se comprend facilement, car non seulement il s'agit là d'une opération très utile dont dépend parfois la vie du blessé, mais, de plus, l'apparition du corps étranger dans le champ de vision produit un effet particulièrement saisissant; la découverte de ce corps et la détermination de sa position constituent un problème qui excite à un très haut point l'ingéniosité de l'opérateur. Aussi les méthodes employées se sont-elles multipliées; leur variété peut paraître quelque peu déconcertante aux personnes qui connaissent peu la question. Il est facile cependant de dégager quelques principes généraux sur lesquels reposent toutes ces méthodes; c'est à ces principes qu'il faut accorder une importance prépondérante, plutôt qu'aux dispositifs spéciaux dont chacun entre les mains d'un opérateur habile peut rendre de grands services, sans cependant pouvoir prétendre à représenter la seule méthode efficace, à l'exclusion de toutes les autres. Je dirai même qu'à mon avis, l'opérateur doit connaître et pratiquer plusieurs méthodes, car leurs avantages respectifs sont variables suivant le cas à considérer.
Avant d'aborder l'exposé des principes de localisation, demandons-nous d'abord s'il y a une utilité réelle à extraire les corps étrangers. L'opinion des médecins à ce sujet a subi quelques fluctuations au cours de la guerre, les uns affirmant qu'un projectile qui ne semble pas occasionner de perturbation doit être laissé en repos, les autres préconisant l'extraction obligatoire.
Il est clair que la question ne peut être discutée utilement sous une forme aussi absolue. En effet, une première restriction est à faire, eu égard aux conditions de l'extraction. Il est préférable de renoncer à une extraction non urgente, plutôt que de la faire dans de mauvaises conditions, avec un matériel ou un personnel insuffisant. Si nous supposons qu'à ce point de vue la sécurité est complète, on pourra affirmer, en se basant sur l'ensemble des opinions les plus autorisées, que, tout au moins, quand la blessure est récente, il y a toujours intérêt à tenter l'extraction."
(excerto do Cap. IV - Travail radiologique das les hopitaux, La localisation des projectiles)
Matérias:
Introduction. I. Les rayons x. II. Comment on peut produire les rayons x. III. Installations dans les hopitaux et voitures radiologiques: - Voitures radiologique. IV. Travail radiologique dans les hopitaux: - Caractères géométriques de l'image. - Radioscopie et radiographie. - Quelques détails sur la radioscopie. - Examen des fractures. - La localisation des projectiles. - Localisation anatomique. - Compas et appareils indicateurs. - Opération sous le contrôle des rayons. - Danger des rayons x et dispositifs de protection. V. Personnel radiologique. VI. Rendement et résultats. VII. Organisation d'après guerre. VIII. Radiothérapie et radiumthérapie. Conclusion.
Marie Curie (1867-1934). “Maria Sklodowska nasceu na atual capital da Polónia, Varsóvia, a 7 de novembro de 1867. Mudou-se para Paris em 1881, onde obteve licenciatura em física e matemática em Sorbonne. Em 1894 conheceu Pierre Curie, professor de física na faculdade, com quem no ano seguinte se casou, assumindo assim o nome de Marie Curie. Em 1896, Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações emitidas pelos sais de urânio, por ele descobertas. Juntamente com o seu marido, Marie começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, e em 1898 perceberam que o minério pechblenda, libertava mais energia que o urânio. Após vários anos de trabalho constante, isolaram dois novos elementos químicos: o Polónio (em homenagem à sua terra natal) e o Rádio. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia libertada espontaneamente pelo rádio. Em 1911 recebeu o prémio Nobel da Química «em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, pela descoberta dos elementos rádio e polónio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento». Na 1ª Guerra Mundial, em 1914, Marie conseguiu organizar um serviço de radiografia móvel, equipando 20 carros que funcionavam como hospitais móveis que foram batizados de "pequenos curries". Estes carros possuíam um sistema radiológico muito rudimentar: um raios-X portátil, um dínamo, material fotográfico adequado, um cabo, cortinas e eram pintados de cinzento com uma cruz vermelha nas portas. Ela treinou cerca de 150 enfermeiras para operar nestes aparelhos nos campos de batalha para que os feridos recebessem tratamento imediato a fim de localizar as balas facilitando as cirurgias. Ela também ensinou médicos a entender anatomia radiológica com seus conhecimentos de geometria. No final da guerra, havia instalado 200 unidades de raios-x nas zonas de combate da região da França e Bélgica, tendo atendido a mais de um milhão de soldados. Marie também recolhia o gás que emanava do rádio e enviava-o para os hospitais de todo o mundo sendo usado no tratamento de tumores. Em meados de 1920, os perigos do rádio foram-se evidenciando. Funcionários do laboratório de Curie morreram de anemia e leucemia, e a própria Marie sofria dos efeitos da radiação. Ela foi provavelmente a pessoa que mais se expôs à radiação até hoje. Marie Curie era uma mulher forte: andava de bicicleta, nadava no mar, escalava montanhas e se preocupava em respirar ar puro sempre que saia do laboratório. Ainda assim, não resistiu, a radioatividade foi para ela, ao mesmo tempo, a sua vida e a sua morte. Marie faleceu de leucemia, a 4 de julho de 1934, aos 67 anos, perto de Salanches, França. O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, foi baptizado em honra do Casal Curie.”
(Fonte: http://repositorio.chlc.min-saude.pt/)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

Sem comentários:

Enviar um comentário