19 maio, 2022

ALBUQUERQUE, Mecia Mouzinho de - LA SOMNAMBULE. [Préface de Jean du Sault, Ambassadeur de France. Portique de Charlos Oulmont, Président de la Critique Etrangère en France]. [S.l.], La Compagnie du Livre, [1951]. In-8.º (19x14 cm) de 77, [3] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Edição francesa desta colectânea de nove pequenos contos, por certo com tiragem diminuta, cuja edição original - em português - foi publicada em 1918. Conheceu igualmente tradução para castelhano (1919). La Somnambule é a primeira novela do livro, e a que dá o título à obra.
Livro ilustrado em separado com um retrato da autora de corpo inteiro.
"Nous étions, toutes trois, nerveuses, hystériques et prodigieusement imaginatives.
Laura, la cadette, était sijette à des attaques de somnambulisme, lui enlevant tout possibilité de repos, ce qui finit par la rendre malade.
Il était peu de nuits sans qu'elle se levàt, répétant comme une automate ce qu'elle avait fait pendant de jour. Elle s'asseyait au piano, chantait, brodait au métier, peignait. Et jamais ses tableaux n'étaient plus artistiques, ni ses broderies plus parfaites, ni sa voix tant mélodieuse, que dans ces heures de mystère où elle errait parmi les pièces de la maison, dans la pénombre des veilleuses, solitaire et fantastique comme une àme en peine."
(Excerto de La Somnambule)
Índice:
Préface. | La Somnanbule. | Le Loyer. | Lisboetes et Provinciaux. | Mara. | Lita. | Inexorable Loi. | La confession de Blanche. | Si jeunesse savait. | Une preuve d'amour.
Mécia Mouzinho de Albuquerque (Leiria, 1870 - Lisboa, 1961). "Natural de Leiria, cidade na qual, segundo Agostinho Gomes Tinoco, nasceu a 2 de Dezembro de 1870, veio a falecer em Lisboa a 10 de Fevereiro de 1961. É nesta última cidade que parece ter desenvolvido grande parte da sua actividade no âmbito das Letras, já que não se conhece informação precisa acerca da sua participação na vida cultural da cidade de Leiria. Com textos que por vezes assina com o nome de Mência ou o pseudónimo de Zoleica, teve vasta participação na imprensa da época, na qual divulgou alguns dos seus textos poéticos e contos, nomeadamente na Mala da Europa, Ocidente, Jornal das Senhoras, Tarde e Novidades. Com uma produção literária que inclui os livros de contos A Sonâmbula (1918), no ano seguinte publicado em Madrid e mais tarde traduzido para o francês, e Aventura de Tomyris (1943), foi ao género poético que Mécia Mouzinho de Albuquerque mais se dedicou, publicando A Tecedeira (1914), Fragmentos Históricos (1917), Rainha e mártir (1920), Pela vida fora (1930), À guitarra (1932), Quinze anos depois (1937) e À luz do sol poente (1949). A esta autora são também atribuídas várias obras que ficaram inéditas, possivelmente produzidas nos últimos anos da sua vida, como Ao fim da estrada, Musa das prisões e Versos e Farpinhas, ou ainda Aventuras de Rudeguna.
Além dessa actividade literária, que inclui a tradução de obras do romancista Charles Oulmont, assim como do contista Edgar Allan Poe, e pela qual foi medalhada pelas sociedades “Gens de Lettres de France” e “Arts, Sciences et Lettres”, Mécia Mouzinho de Albuquerque destacou-se ainda pela sua ligação a obras de carácter social, como fundadora da Comissão Central de Subsídios e Rendas de Casa a Prisioneiros e Emigrados Monárquicos, em 1915, e da Iniciativa Particular da Luta contra o Cancro, em 1931."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=40&Itemid=122)

Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas algo oxidadas.
Muito invulgar.
Indisponível

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