17 março, 2022

MARTINS, A. Santos - DE COIMBRA A CHERINGOMA
. [Coimbra], [Edição do Autor com o patrocínio de Feira Permanente do Livro], 2006. In-8.º (21,5 cm) de 109, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Memórias do tempo passado em Moçambique - onde o autor foi colocado no início da Guerra Colonial - com partida de Coimbra. Interessante conjunto de episódios, pincelados com notas históricas sobre a gesta portuguesa em África.
"Depois de passarmos ao largo do 'rio do Infante', da celebrada navegação de Bartolomeu Dias - aquela que, pela primeira vez, em 1487/88, ligou o Atlântico e o índico - a nossa viagem prosseguiu pela Costa do Natal - outro nome que ficou desde Vasco da Gama e da Viagem de Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia (1497/98). Em meados de Dezembro, o transporte de tropas escalava finalmente o porto da cidade de Lourenço Marques, que em poucas décadas fora transformado num dos mais importantes do Continente Negro (como outros portos de Moçambique).
Não longe do cais de acostagem, num bar de uma das 'ruas da perdição' - e não a Rua Araújo dos 'dancings', mas a Rua... Salazar -, umas morenas ofereceram-nos, a mim e ao 'China' (que também é de Coimbra), alguns copos de cerveja que mandaram 'meter na conta' de uns embarcadiços nórdicos muito loiros e já àquela hora da tarde muito bêbados."
(Excerto de As generosas mulatas das 'ruas da perdição')
Armando dos Santos Martins (n. 1944). Natural de Coimbra. "Depois dos seus estudos como Aluno Salesiano, Armando dos Santos Martins ingressou na Força Aérea Portuguesa e partiu para Moçambique em Dezembro de 1963, integrado, como voluntário, nas forças expedicionárias que foram combater a subversão armada naquela antiga Província portuguesa do Índico. Já como profissional da Imprensa («Notícias») e Rádio (foi director do ER de Tete do RCM)), em Moçambique, actuou várias vezes como Correspondente de Guerra (tem muitas reportagens publicadas no «Notícias»), cobrindo acções militares com tropas especiais nos distritos flagelados pelo conflito armado (Cabo Delgado, Niassa e Tete). Regressou a Portugal em 1976 e, nesse ano, trabalhou como redactor no 'Diário de Coimbra'.
A Capital do Mondego está sempre presente nos seus livros, mesmo nos que tratam das Descobertas e Expansão.
É autor de numerosos trabalhos e já no século XXI editou, entre outros, os livros «História da Casa do Minho» (dois volumes); «Sofala - O Primeiro Templo da Igreja Católica na África Oriental»; «De Coimbra a Cheringoma»; «Beira Púngoè - Salazar enfrentou aqui os Ingleses à mão armada»; «Cabora Bassa - A Última Epopeia».
Fundou em Moçambique o primeiro Jornal que houve ao longo do rio Zambeze («Leão do Zambeze»), editado na cidade de Tete."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
20€

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