23 agosto, 2012

BOTTO, António - ISTO SUCEDEU ASSIM... Lisboa, Argo, 1940. In-8.º (19cm) de 36, [12] p. ; B.
1.ª edição.
Manuel:
Fui eu que a matei. Fui eu! E sinto a necessidade de confiar a alguém êste segredo.
Estou a ver a tua cara, estou a ver-te surpreendido, meu grande e querido amigo! Sim: Tudo está dentro de nós.
Mas, espera, tem paciência, e lê todo êste relato, esta dramática história em que eu sou o principal protagonista, - o desgraçado protagonista!

(Excerto da 1.ª parte do texto)
António Botto. Poeta, ficcionista e autor dramático português nascido a 17 de agosto de 1897, em Casal da Concavada (Abrantes), e falecido a 17 de março de 1959, no Rio de Janeiro. Começou por ser empregado numa livraria de Lisboa e, depois de uma curta estadia em Angola, foi funcionário público, até, em 1942, ser expulso do cargo que ocupava e optar por um exílio voluntário no Brasil. O seu nome encontra-se associado ao modernismo português, tendo recebido de elementos do Orpheu palavras de encarecimento, nomeadamente de Fernando Pessoa - que traduziria para inglês as Canções - e Raul Leal, admiração que transitaria para o segundo modernismo em estudos de Régio e Casais Monteiro. Projetado como caso público, após a apreensão do segundo volume de Canções (1922), o confessionalismo amoroso dessas composições, colocado ao serviço de uma homossexualidade assumida, gerou uma acérrima polémica de teor essencialmente moral em torno da sua postura literária. […] António Botto possui ainda uma faceta menos considerada como autor dramático, com melodramas de inspiração populista e naturalista. […] É ainda autor de obras de literatura infantil, tendo redigido pequenas narrativas exemplares para crianças nas quais predominam a fantasia, um tom ingénuo e coloquial.”
(Fonte: infopedia.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível

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