26 agosto, 2012

ALMA NACIONAL. Director: Antonio José d’Almeida. Lisboa, [Composto e Impresso na typ. «A Editora»], 10 de Fevereiro de 1910 e 29 de Setembro de 1910. 34 números in-4.º (27cm) de 541 págs em numeração contínua ; il. ; E.
Colecção completa.
Ilustrado com dois sugestivos desenhos de Francisco Valença em dupla página - a "A Situação Política" e "A Missa Negra".
A revista republicana Alma Nacional surge em Fevereiro de 1910, sob a direcção de António José de Almeida. Teve 34 números e foi editada semanalmente até 29 de Setembro de 1910, a 7 dias da revolução de Outubro. Propunha o director que a revista fosse a “crónica severa, e ao mesmo tempo agitada, da nossa vida e a precursora da pátria nova; (…) uma revista patriótica e um órgão de solidariedade universal, (…) arma de combate contra a monarquia, elemento de educação para o povo e instrumento de propaganda nacional, (…) Não será uma obra truculenta, mas um grito de indignação e de revolta (…) será a revista de todos, da plebe, dos trabalhadores, dos oprimidos de hoje.”»; (…) «urge uma nova religião e um novo altar, um credo e uma fé republicana, um grande credo humanista que possa secularizar o cristianismo. Assim, o partido republicano tem de abalar o arcaboiço da sociedade velha…destruir o regime, deitar abaixo a monarquia, o Portugal brigantino, afastar o entulho monárquico, o guano clerical, os quatro séculos de jesuitismo.»”
“Periódico republicano de referência, cultural e doutrinário, indispensável ao estudo e compreensão históricos da primeira década do século XX português, e nomeadamente a génese e a implantação da República. Colaboração, entre outros, de Guerra Junqueiro, Basílio Teles, Teófilo Braga, Agostinho Lemos, Miguel Bombarda, Teixeira de Queirós, Tomás da Fonseca, Raul Proença, Manuel de Sousa Pinto, Aquilino Ribeiro, etc., para além de vastíssima intervenção escrita do próprio António José de Almeida.”
António José de Almeida (1866-1929). “Único Chefe de Estado da I República que cumpre os quatro anos de mandato [1919-1923] que a Constituição definia. Ainda no período da Monarquia Constitucional, já era um elemento marcante do republicanismo português. Após a proclamação da República, foi um dos líderes políticos mais influentes. Com poderes de dissolução do Parlamento, que utiliza por duas vezes, o seu mandato foi extremamente agitado, com sucessivas e graves crises governativas.”
Encadernação em meia de percalina com dourados na lombada. Sem as capilhas de protecção dos fascículos.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Dedicatória autógrafa (ilegível) de oferta à “Biblioteca do Sporting C. Portugal”. Selo na lombada. Carimbo de posse da Biblioteca do Sporting Club de Portugal na 1.ª p. do 1.º número.
Invulgar e muito procurado.
Com interesse histórico.
Indisponível

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