PALÁCIO, Maria Pédra - O MISTÉRIO DO PAÇO DE GIELA OU BABI-GARB : romance. Arcos-de-Valdevez, 1945. In-8.º (20x13 cm) de 128 p. ; B.
1.ª edição.
Romance moralista; a acção desenrola-se entre Arcos de Valdevez e Lisboa. Os acontecimentos descritos terão ocorrido na realidade.
Maria Pedra Palácio é o pseudónimo literário de Ignacia Maria de Queiroz Vaz Guedes.
"O Paço de Giela é um exemplar notável de arquitetura civil privada medieval e moderna, considerado um dos mais importantes Monumentos Nacionais. A sua origem está profundamente ligada à formação da importante “Terra de Valdevez”. Atualmente é visível a torre medieval bem como o corpo residencial, com janelas “manuelinas” e entrada fortificada, maioritariamente edificado no século XVI. A torre foi construída em meados do século XIV, substituindo uma outra existente já no século XI. Apresenta-se agora totalmente recuperado."
(Fonte: https://www.visitarcos.pt/o-melhor/encontre-se-com-a-historia-no-paco-de-giela)
Obra rara e muito curiosa. A BNP não menciona.
"O Morgado do Pinhal casava uma das quatro filhas que tinha. Era a segunda, uma linda morena, de olhos aveludados, que deixava vários pretendentes a suspirar de pena, por não terem sido preferidos. O Morgado tinha, por esta filha, uma amizade muito particular de que êle se desculpava muito, perante a outras filhas, que se riam e protestavam, dizendo ao pai: Então o paizinho julga-nos invejosas da Raquel? Já se sabe que ela esteve doente, e precisa de muitos carinhos e cuidados.
Mas não era só a doença passada da Raquel que a tornava um ai Jesus do pai. - Além de ser parecidíssima com êle, que era um belo homem, a Raquel compreendia-o muito bem e ajudava-o nos seus trabalhos de lavoura, e na administração da casa. Quantas vezes o morgado ia para as suas enormes propriedades em Ponte do Lima, e a Raquel ficava no Pinhal, em Cardielos, vigiando as vindimas, e de ali ia à quinta de S. João em Deucriste (aldeia Vianense ao lado de Darque), fazer as de lá também. E recebia as pensões dos caseiros, assentando tudo, e ficava com o dinheiro da casa para ir dando a suas irmãs para o govêrno da mesma. O Morgado tinha ficado viúvo aos 34 anos, e dedicava tôda a sua vida às filhas, que êle estremecia, e à administração dos seus bens."
(Excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com defeitos e pequena falha de papel à cabeça.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Indisponível

Sem comentários:
Enviar um comentário