23 janeiro, 2015

VASCONCELLOS, A. A. Teixeira de - O SAMPAIO DA REVOLUÇÃO DE SETEMBRO. Paris, [s.n. - Typ. Guiraudet], 1859. In-8º (14,5cm) de 128 p. ; B. Colecção Livros para o Povo, 1
Biografia de Rodrigues Sampaio. Episódios da sua vida, tendo como pano de fundo os tempos conturbados da sua época.
"O officio de periodiqueiro tem seus ossos como todos os officios. A entrada é de rosas. Os collegas cumprimentam o redactor esperançoso, que debuta, e agouram-lhe um grande futuro. Poucos dias depois, chamam-lhe asno, boçal e estupido. Passam seis mezes, e se elle sobe as escadas de uma secretaria, accusam-no de ladrão e de concussionario, e por dá cá aquella palha mandam-lhe a casa dois padrinhos, não para lhe pôrem a mão na cabeça junto da pia do baptismo, mas para combinarem com outros dois sugeitos chamados tambem padrinhos o modo mais decente de o matarem ou de serem mortos por elle. Osso é este assás duro, que custou a vida a Armand Carrel e que por varias vezes pôz em risco a de Sampaio."
(excerto do texto)
António Rodrigues Sampaio (1806-1882). "Foi um jornalista e político português que, entre outras funções, foi deputado, par do Reino, ministro e presidente do ministério (primeiro-ministro). Rodrigues Sampaio foi um dos maiores vultos do liberalismo português de oitocentos, jornalista ímpar e parlamentar de excepção. Personalidade controversa, polémica, mesmo revolucionária, mas sempre coerente e fiel aos seus princípios e desígnios, foi um agitador de renome nacional, o que lhe valeria a alcunha de o Sampaio da Revolução, já que se notabilizou como redactor principal do periódico A Revolução de Setembro. Era um jornalista de causas, não de notícias, como aliás era o jornalismo do século XIX. Apesar da violência verbal e da forma assertiva que sempre utilizou nos seus ataques políticos, Rodrigues Sampaio nunca promoveu o ataque ad hominem. Mesmo quando os seus correligionários lhe pediram que pusesse em causa a dignidade e honradez de D. Maria II e da Corte, negou-se terminantemente, escrevendo que um antro de corrupção política não faria da Corte um lugar de devassidão moral. Foi esta postura de grande escrúpulo, associado a um incansável labor na defesa dos valores pelos quais pugnava, que lhe concede um lugar cimeiro no jornalismo político português. Era membro importante da Maçonaria."
(in wikipédia)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

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