29 janeiro, 2014

FLORES, Antonio – HISTORIA DO MATRIMONIO. Grande collecção de Quadros vivos matrimoniaes pintados por varios solteiros mallogrados na flôr da sua innocencia. Por… Lisboa, Officina Typographica de J. A. De Mattos, 1877. In-8º (17cm) de 207, [1] p. ; E. Bibliotheca Jovial
Apreciada paródia ao casamento.
“Dizer a uma mulher que escolha uma d’entre as duas cousas: - conservar um homem solteiro ou casal-o, equivale a pôr a chuva á disposição dos lavradores, o sol ás ordens dos sombreireiros e as calçadas debaixo da direcção dos sapateiros. Dois dias depois de lhes ser concedido o privilegio de fazer maridos, será mais difficil encontrar um solteiro de quatorze annos do que acertar seis numeros a fio na roleta. […] N’este mundo cada qual tem de realisar um determinado fim, e a mulher nasce para dar-se a si propria em casamento. […] São mulheres, e de mulheres não passam nem podem passar; o homem é que tem a faculdade de continuar a ser homem ou de se fazer marido. A mulher, quando nasce, é simplesmente mulher; mas quando cresce, é natural que aspire a ser mulher d’alguem; e esse alguem – quem melhor do que o homem?”
(excerto do prefácio)
Matérias:
- O solteiro e a solteira. – As sympathias. – Primeiros olhares d’amor. – Os noivos com auctorisação superior. – Primeiro que cases, vê o que fazes. – Resolução heroica. – A egreja. – O momento horrivel. – Banquete de noivado. – A lua de mel. – Os parentes por affinidade. – O esposo e a esposa. – Estado interessante. – Amas, cabras e mamadeiras. – Tanto faz dizer um como nenhum. – O viuvo e a viuva. – Casos de reincidencia: o defunto e a defunta. – Os ciumes.
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro e muito curioso.
Indisponível

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