05 fevereiro, 2011

VIEIRA LUSITANO, Francisco - O INSIGNE PINTOR, E LEAL ESPOSO VIEIRA LUSITANO, HISTORIA VERDADEIRA, QUE ELLE ESCREVE EM CANTOS LYRICOS, E OFFERECE AO ILLUST. E EXCELLENT. SENHOR JOZE' DA CUNHA GRAN ATAIDE E MELLO, CONDE, E SENHOR DE POVOLIDE, DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE FIDELLISSIMA, GENTIL-HOMEM DA SUA CAMARA, COMENDADOR DA ORDEM DE CHRISTO, ALCAIDE MÓR DE VILLA DE SERNANCELHE, &C.. Lisboa, Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, M. DCC. LXXX. [1780]. In-8º peq. (10X15) VIII, 623 p. ; E.
Ilustrado com uma gravura em anterrosto com o auto-retrato do autor enquanto jovem artista, segurando o retrato da sua também jovem esposa.

“Francisco Vieira Lusitano, Cavalleiro professo na Ordem de S. Tiago da Espada, Pintor historico da Casa Real, Academico de merito da Academia de S. Lucas em Roma, onde estudou a pintura como discipulo de Trevisani. Nasceu em Lisboa a 4 de Outubro de 1699, e morreu no sitio do Beato Antonio a 13 de Agosto de 1783, sendo o seu cadaver sepultado na egreja do convento de Xabregas. Deixou primorosos monumentos da sua arte, que ainda se conservam, além de outros em maior numero, que foram destruidos pelo terremoto de 1755. O insigne pintor e leal esposo Vieira Lusitano. Historia verdadeira que elle escreve em cantos lyricos, tendo no frontispicio uma gravura com os retratos do auctor e de sua esposa. O esboceto original, que parece serviu para esta gravura, existe hoje perfeitamente bem conservado em poder do sr. Figaniere. Consta o livro de treze chamados cantos, escriptos no gosto dos nossos antigos romances do seculo XVII, isto é, em quadras octosyllabas rimadas em toantes. N'elles relata o auctor com miudeza os successos da sua vida, o seu casamento, etc.: seguem-se como appendice mais quatro cantos, nos quaes descreve as insidias que os parentes de sua mulher tramaram contra elle, pretendendo assassinal-o. E posto que, como diz um nosso critico, esta obra considerada na qualidade de poema prova sómente que se póde ser mui fervoroso amante, sem ter o menor vislumbre de genio poetico, todavia não deixa de offerecer tal qual interesse, pelo menos aos amadores da arte; pois contém narrados com singela individuação, e com a maior fidelidade os progressos do auctor na pintura, e a descripção das differentes obras por elle executadas.” (Inocêncio III, 79)
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rótulo vermelho.
Peça de colecção.
Bom exemplar.
Indisponível

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