VIANA, Maria Manuela Couto – BRUXAS, FEITIÇOS, DEFUNTOS,
APARIÇÕES… Ilustrações de Juan Soutullo. Lisboa, Edições Ática, 1973. In-8º
(19,5cm) de 153, [3] p. ; il. ; B.
Contém ilustrações de página inteira.
“Estas crónicas referentes a pessoas, lugares, situações,
têm, pelo menos, o mérito de terem sido vividas. E é certo que, por vezes,
perante a beleza das marcações das personagens, perante a fascinação das
palavras musicais do ritual, os gestos, as expressões, a magia dos locais, eu
sentia-me no limite da adesão maravilhada e tensa […] Dessa fascinação não dei
eu conta nas minhas crónicas. Escolhi (propositadamente?) diferente caminho. E,
no entanto… E, no entanto, como puderam os iniciados nos mistérios da
feitiçaria adivinhar esse encantamento e credulidade, para além da ironia?
Certo é que o adivinharam.. Certo é que, à medida que as crónicas iam saindo no
jornal, começaram a surgir os telefonemas, as cartas, as visitas importunas.
[…] Assim, bem mais cedo do que desejara, abandonei as crónicas sobre
feitiçaria…”
(excerto da introdução, O
homem da fralda de fora)
Matérias:
O homem da fralda de
fora. 1. O eficiente troviscal. 2. O «repique». 3. A vingança do senhor X.
4. Na casa que não existe. 5. Faltar-me-á o sentido jornalístico? 6. O tesouro
da moirama. 7. De onde menos se espera. 8. A visita do médico. 9. As cores. 10.
O anel perdido. 11. As quadras populares e a feitiçaria. 12. O
«desempecimento». 13. A romaria serrana. 14. A casa assombrada. 15. Gemidos no
escuro. 16. Licantropia outra vez. 17. O segredo de cada um. 18. Onde o «homem»
entra de novo em cena. 19. Três costumes minhotos. 20. Da grande virtude de
algumas ervas. 21. A bruxa do Carregadouro. 22. «Litoral a Oeste». 23. «Serra
Brava».
Maria Manuela Couto Viana (Viana do Castelo, 1919-Lisboa,
1983). "Foi uma actriz, declamadora e escritora portuguesa. Irmã de António
Manuel Couto Viana. Maria Viana, muito cedo começou a interessar-se pelas
letras. Aos treze anos de idade já colaborava na imprensa de Viana do Castelo.
Aos dezasseis anos de idade estreou-se no cinema. Registo para o 1.º prémio do
concurso do Grémio Nacional dos Editores e Livreiros em 1942 com o romance
"Raízes que não Secam".
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
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